Mattia Binotto assumiu em 2019 a função de chefe de equipe da Ferrari na Fórmula 1. Desde então, nas próprias palavras, viveu momentos difíceis diariamente.
“Certamente não tem sido uma jornada fácil desde 2019, quando eu fui colocado no cargo, até hoje”, afirmou, em entrevista publicada nesta quarta-feira (17) pelo site Motorsport.com.
“Passamos por 2020, um (momento) muito difícil, e por 2021. Mas mesmo em 2022, como estamos lutando pelo melhor, às vezes há corridas em que não obtemos o potencial do carro. Então, não é um (momento) fácil.”
Vice-campeã mundial de construtores em 2019, a Ferrari viveu uma temporada de fracos resultados em 2020, quando foi apenas a sexta colocada entre as equipes. Em 2020, completou dois anos sem vencer, mas avançou entre os times – foi a terceira colocada entre os construtores.
O novo regulamento da F1 recolocou a Ferrari na frente no começo de 2022, mas o time logo foi superado pela Red Bull e viu a Mercedes também se aproximar. Atualmente, com quatro vitórias em 13 corridas, a escuderia é a segunda colocada da temporada.
Mesmo sem ter conseguido recolocar a Ferrari no caminho dos títulos até aqui, Binotto não se mostra abatido com os dias difíceis. “Devo dizer que sou feliz na função”, afirmou. “Sou feliz porque sei que tenho uma grande equipe. O time é unido. É ótimo vê-los trabalhando juntos.”
Durante o período à frente da Ferrari, Mattia Binotto se destacou por dividir responsabilidades na equipe, passando confiança aos funcionários. Para ele, é importante responsabilizar as pessoas certas nos bons e nos maus momentos, para que todos se sintam seguros.
“Acho que estou fortalecendo as pessoas ao meu redor”, disse. “Não sou brutal, mas sou rígido. E as pessoas ao meu redor sabem que eu posso ser muito rígido. Mas acho que, mais do que isso, estou sempre tentando fortalece-los e dar a eles o que é necessário para que façam seus trabalhos. E confio nas pessoas ao meu redor.”
