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Por que a Stock Car vai passar a correr com SUVs a partir de 2025?

Emanuel Colombari

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Durante o final de semana da última etapa da temporada 2023, a Stock Car anunciou uma mudança drástica na categoria: a partir de 2025, correrá com SUVs, e não mais com sedãs. Os escolhidos foram o Toyota Corolla Cross e o Chevrolet Tracker, com mais duas marcas que serão confirmadas.

A mudança dos carros já era esperada e já havia sido anunciada com antecedência. A novidade, no caso, é a categoria do carro escolhido pela Stock. Afinal, desde que começou a ser disputada no Brasil em 1979, a competição sempre foi realizada com sedãs – Chevrolet Opala, Chevrolet Omega, Chevrolet Vectra, Chevrolet Astra, Chevrolet Sonic, Chevrolet Cruze, Mitsubishi Lancer, Peugeot 307, Peugeot 408, Volkswagen Bora e  Toyota Corolla fizeram história na principal categoria do automobilismo nacional.

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Mas basta olhar para o trânsito nas ruas para perceber que o perfil do consumidor brasileiro no mercado automotivo tem mudado. E que os sedãs vêm perdendo espaço.

Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos) divulgados pela Vicar, a empresa responsável pela organização da Stock Car, os SUVs representam 42% dos novos veículos colocados no mercado em 2023, contra 12,4% dos sedãs. Em 2010, a fatia dos utilitários esportivos no mercado era de apenas 7%.

Diante desta mudança de perfil, a Vicar encomendou uma pesquisa à Bridge Research junto ao público, que foi dividido em dois perfis: o padrão (que acompanha a Stock Car entre outras categorias) e o fanático (que acompanha todas as corridas). Nos cenários propostos, a promotora da categoria encontrou duas tendências que considerou positivas para a mudança.

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A primeira indica que a mudança da categoria do carro vai encorajar o público a consumir mais conteúdo – foi a resposta de 89% entre o público fanático e de 66% entre o público padrão. Além disso, viu que a troca de sedãs por SUV tinha grande aprovação: 77% entre o fã fanático e 54% entre o fã padrão.

“Somando o comportamento do mercado, a nossa interlocução com as montadoras e a pesquisa com os fãs, concluímos que este movimento que vamos fazer para 2025 é 100% consistente com as aspirações de toda a comunidade da Stock Car e do esporte a motor como um todo”, avaliou Fernando Julianelli, CEO da Vicar. “Os pontos positivos foram muitos e ficamos muito surpresos com a receptividade tanto do público quanto dos pilotos e investidores na categoria. É o rumo certo para garantir uma longevidade sadia para a Stock Car”, completou.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.