O automobilismo internacional está ganhando uma nova categoria de monopostos elétricos: a Fórmula G, que deverá funcionar como uma espécie de categoria de formação de pilotos visando uma futura promoção à Fórmula E.
A iniciativa é liderada por nomes bastante conhecidos da F-E: Dilbagh Gill, ex-chefe de equipe da Mahindra na categoria elétrica, e Nick Heidfeld, piloto alemão que passou pela Fórmula 1 entre 2000 e 2011, e que disputou quatro temporadas da própria F-E entre 2014 e 2018. Gill será o CEO da competição.
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A ideia foi apresentada no começo de 2023, inicialmente com o nome de ACE Championship. Agora, com a nova identidade, a Fórmula G apresenta também quais devem ser os primeiros passos na prática.
O principal é que a Fórmula G deverá ter quatro campeonatos regionais ao redor do mundo - a exemplo do que acontece com a Fórmula 4, por exemplo. No caso da competição elétrica, haverá disputas na América Latina, no bloco Estados Unidos/Canadá, no Sudoeste Asiático e no bloco Europa/África. As quatro disputas devem começar no fim de 2024. Um quinto campeonato, no Sudeste Asiático, deve estrear em 2026.
“Uma vez que ouvimos donos de equipes, promotores, proprietários de outras categorias e vários acionistas, ficou claro que cada região tem seus próprios desafios e objetivos de economia e de sustentabilidade que precisamos buscar na Fórmula G para nos tornarmos a principal categoria de formação no setor que mais cresce no automobilismo”, afirmou Dilbagh Gill, segundo declarações ao site da revista Racer.
Em cada campeonato, a Fórmula G deve realizar simultaneamente duas categorias paralelas, de forma a criar uma pirâmide de formação para os pilotos: a Fórmula G-1 e a Fórmula G-2, com os mesmos carros (o Gen2 da F-E), mas com potências diferentes (os carros da G-1 atingirão velocidades maiores que os da G-2). As equipes terão quatro pilotos, com uma dupla em cada uma das disputas. A tendência é que cada grid tenha 20 pilotos, de 10 equipes.
A ideia da Fórmula G, segundo o site oficial, é oferecer corridas de monopostos “acessíveis, emocionantes e competitivas para os fãs do automobilismo em todo o mundo”, alinhando-se ao propósito de energia verde. A categoria não fala oficialmente em um vínculo com a Fórmula E, mas afirma que os pilotos que passarem por ali podem “se prepara para funções na Fórmula E e além, uma vez que a categoria continua a nutrir talento e promover educação”.
Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.