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Russell, Sainz e os drinks: um simpático bastidor do GP de São Paulo 2022

Emanuel Colombari

Imagem: Emanuel Colombari/Band
Imagem: Emanuel Colombari/Band

George Russell não teve adversários no Grande Prêmio de São Paulo de 2022. Vencedor da corrida sprint do sábado (12), o britânico da Mercedes liderou praticamente todas a voltas da corrida principal do domingo (13) – com exceção de um intervalo entre as voltas 24, quando parou nos boxes, e 29, quando Lewis Hamilton fez sua troca de pneus.

Mesmo assim, Russell demorou para se convencer de que aquela seria sua primeira vitória na Fórmula 1. Cauteloso, o ex-piloto da Williams esperou até o fim da última volta para se certificar de que seu momento finalmente havia chegado.

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“Houve um momento da corrida em que eu estava olhando nos retrovisores, vendo Lewis ali, mas eu meio que percebi que precisava apenas olhar para a frente. E a única maneira de vencer a corrida era olhar para frente, pilotar o mais rápido que eu podia, sem cometer erros”, contou ele em entrevista coletiva no domingo.

“Meu engenheiro estava no rádio, me passando as diferenças de tempo, talvez quatro vezes por volta. Era sempre algo entre 1.1 e 1.3, 1.1, 1.4, 1.1. Eu queria aquele meio segundo a mais. Foi só quando eu entrei no setor 3 da última volta que eu percebi que havia conseguido”, completou.

Russell se emocionou bastante. Ainda dentro do carro, vibrou muito e chorou. Depois, chorou na comemoração com a equipe. E quase chorou de novo na coletiva.

Mas também houve momento para que Russell relaxasse e sorrisse na conversa com a imprensa. Ao lado de Carlos Sainz, terceiro colocado com a Ferrari, o vencedor da prova em Interlagos embarcaria já na noite deste domingo com destino aos Emirados Árabes Unidos, onde a F1 realiza o GP de Abu Dhabi que encerra a temporada neste domingo.

“Eu estava conversando com Carlos agora mesmo. Estamos no mesmo voo hoje à noite direto para Abu Dhabi. É um voo de 15 horas”, disse Russell.

“Eu disse: ‘Os drinks são por minha conta’”, emendou o espanhol da Ferrari.

“Eu achei que eles eram de graça no avião. Não são?”, perguntou o britânico.

“É por isso que eu disse que são por minha conta”, concluiu Sainz.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.