O novo regulamento da Fórmula 1 conseguiu provocar mudanças na ordem de forças da categoria. A Ferrari entrou na briga por vitórias, a Mercedes perdeu competitividade e até a Haas conseguiu brigar por pontos nas duas primeiras corridas da temporada. No entanto, as regras de 2022 tiveram um impacto imprevisto: na condição física dos pilotos.
Que o diga Kevin Magnussen, da Haas. Durante o final de semana na Arábia Saudita, o dinamarquês sentiu como poucos os efeitos de pilotar os novos carros da F1, especialmente após passar um ano afastado da categoria.
Leia também:
- Aston Martin usa peças do próprio carro de 2021 em simulador para Sebastian Vettel
- Porpoising: a nova dor de cabeça das equipes da F1 após os testes em Barcelona
- Mais largos, perfil mais baixo: o que esperar dos pneus da Fórmula 1 em 2022
- Cinco equipes brigando por vitórias? Entenda como novo regulamento pode 'bagunçar' a F1
“O pescoço está perdido. Espero que volte logo”, afirmou Magnussen após a corrida.
O piloto da Haas já vinha tendo problemas ortopédicos desde a véspera. Na classificação, chegou a conseguir uma vaga no Q3, mas ficou na décima posição.
“O carro tinha condições de algo melhor que a décima posição, (mas) eu não consegui tirar mais dele. Honestamente, meu pescoço estava completamente destruído no Q3 – de repente, ele estalou e eu não conseguia mais segurá-lo. Eu não estava pilotando bem”, descreveu.
Entre a classificação e a corrida, Magnussen esteve sob os cuidados do fisioterapeuta Thomas Jorgensen em busca de condições físicas para a prova. Embora tenha dito que a corrida foi “um pouco mais fácil” que a classificação, agradeceu por ter “talvez o melhor fisioterapeuta do mundo” ao seu lado.
Dores intestinais
Quem também teve problemas para correr na Arábia Saudita foi Pierre Gasly, mas por outro motivo. O francês da AlphaTauri reclamou de dores intestinais no final da prova deste domingo (27).
“Foram as 15 voltas mais dolorosas de toda a minha carreira. Eu não sei o que aconteceu com meu intestino, mas eu estava morrendo dentro do carro. Eu estava gritando de dor. Estou feliz que a corrida tenha acabado e tenhamos conseguido assegurar a oitava posição”, descreveu, de acordo com o site Motorsport.com.
Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.