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Pela primeira vez, Grande Prêmio de São Paulo terá coleta e reciclagem de lubrificantes

Emanuel Colombari

Imagem: Beto Issa
Imagem: Beto Issa

A organização do Grande Prêmio de São Paulo já anunciou diversas iniciativas ambientais para a edição de 2022, incluindo coleta de resíduos e reciclagem de embalagens TetraPak. Para os carros na pista, a prova também terá uma novidade ecológica.

Durante o final de semana, pela primeira vez, tambores estarão instalados nos boxes das dez equipes para a coleta do óleo lubrificante usado ou contaminado, conhecido pela sigla “oluc”. Este resíduo, presente em motores industriais e de automóveis, deve ser separado e gerenciado.

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A legislação brasileira exige que o oluc precisa ser coletado e destinado a um processo de reciclagem conhecido como rerrefino – que, em resumo, separa o óleo mineral do lubrificante para reaproveitamento, descartando componentes como aditivos degradados e outros óleos e combustíveis. É proibido por lei o uso do resíduo como combustível.

O material recolhido nos boxes será armazenado e transportado por um caminhão específico para Lençóis Paulista (a cerca de 300 km) para a fábrica da Lwart, empresa especializada em rerrefino de óleos lubrificantes. Assim, o GP de São Paulo receberá o Certificado de Destinação Final, um documento que assegura à prova a conformidade com as normas ambientais.

Imagem: Lwart Soluções Ambientais/Divulgação

“Considero histórico o fato de a etapa de São Paulo da maior categoria do automobilismo projete para o mundo a mensagem de que o óleo lubrificante usado só deve ter um destino, o rerrefino”, celebrou Marcelo Murad, diretor de coleta e logística da Lwart.

“Vale lembrar que esse é um resíduo presente nos automóveis de passeio, por exemplo. Portanto, o consumidor também exerce um papel de fiscalização ao procurar saber qual o destino do óleo lubrificante retirado do seu carro. Mais do que cumprir a legislação é garantir a saúde das pessoas e do meio ambiente”, completou.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.