Notícias

Do C0 ao C5: entenda a nova gama de pneus para a F1 em 2023

Emanuel Colombari

Imagem: Pirelli Motorsport
Imagem: Pirelli Motorsport

Quem gosta de Fórmula 1 sabe o quanto os pneus, historicamente, são decisivos. E para a temporada 2023, a tendência é que isso não seja diferente. Mas este ano traz uma mudança no quesito, e que pode dar uma bagunçada a mais nas estratégias.

A cada final de semana, a fornecedora escolhe três tipos de pneus para as equipes, que os utilizam como bem entenderem – desde que pelo menos dois tipos sejam usados em corridas. Cada tipo de pneu é identificado por uma cor: o mais duro era o branco, o médio era o amarelo e o mais macio era o vermelho.

Para 2023, quase tudo isso permanece como estava: a oferta de três tipos de pneus, a exigência de dois tipos em corrida e as identificações por cores. A novidade é a chegada de um sexto tipo de pneus.

Leia também:

Neste ano, a Pirelli introduz um pneu que, em uma escala de durabilidade, ficaria entre o C1 e o C2 de 2022. Este “C1,5” virou o novo C1, e o antigo C1 se transformou no C0.

Assim, a escala passou a ir do C0 para o C5.

Os extremos da escala não mudaram, mas equipes e pilotos agora têm mais uma opção durável na busca por mais estratégias – que, no caso, geralmente significam stints mais longos.

Para entender o que esperar de cada pneu para 2023, vamos às explicações da Pirelli.

C0

É o antigo C1. Trata-se do pneu mais duro da gama, que será oferecido em pistas que exigem mais da energia dos compostos. A proposta é oferecer residência máxima ao calor e a outras forças, com stints bem longos – embora isso custa desempenho.

C1

O caçula da gama da Pirelli é mais macio que o antigo C1 (agora “promovido”  C0) e mais macio que o C2. Com base nos estudos realizados sobre o C2, a fabricante criou um novo pneu para reduzir a diferença entre os compostos que, até 2022, eram os mais duros do conjunto.

C2

O terceiro composto mais duro pode quase ser considerado um pneu médio, mas segue adequado a circuitos rápidos, quentes e abrasivos. Para a Pirelli, este tipo de composto pode ser indicado para novos circuitos, oferecendo opções conservadoras para que as cargas dos pneus possam ser avaliadas em condições reais de corrida.

C3

Garantia de equilíbrio entre desempenho e durabilidade, este é um composto muito versátil. Até o fim de 2022, podia ser usado como o mais duro (em combinação com C4 e C5), o médio (em combinações C2-C3-C4, por exemplo) ou como o mais macio (combinando com C1 e C2), por exemplo. Com a chegada do C0 e do novo C1, esta versatilidade também poderá ser vista no C2.

C4

Trata-se de um composto desenhado para funcionar bem em circuitos um pouco mais severos, onde busca-se um aquecimento rápido para atingir o melhor desempenho – deve ser visto, por exemplo, em Mônaco e Hungria. O C4 é extensivamente usado ao longo do ano.

C5

Os pneus mais macios da gama, desenvolvidos para os circuitos mais lentos – e, consequentemente, com menor degradação. Trata-se de um pneu que atinge rapidamente a temperatura ideal e que se desgasta rapidamente. Assim, os stints com o C5 geralmente são bem curtos.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.