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Antes de Aston Martin, Lawrence Stroll buscou outro nome clássico para equipe na F1

Emanuel Colombari

Imagem: Aston Martin F1
Imagem: Aston Martin F1

Em 2018, a boa fase da Force India nas pistas contrastava com o momento periclitante que o time vivia nos bastidores. A situação administrativa só foi resolvida quando a equipe de Vijay Mallya foi vendida para um consórcio liderado por Lawrence Stroll.

A partir do GP da Bélgica daquele ano, o consórcio Racing Point UK Limited (atualmente AMR GP Limited) passou a batizar a equipe provisoriamente como Racing Point Force India. Em 2019, o time virou oficialmente Racing Point F1 Team, e passou a se chamar Aston Martin em 2021.

Mas esta rota entre Force India e Aston Martin poderia ter sido bem diferente, e a equipe de Lawrence Stroll poderia ter assumido outro nome. Uma identidade, aliás, bem conhecida e respeitada entre os fãs da Fórmula 1.

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Para 2019, no entanto, o time tinha algumas opções de nomes antes de optar por Racing Point. Segundo o site RaceFans, um dos nomes cotados foi Lola.

Para fãs da Fórmula 1, o nome não é estranho. Entre idas e vindas, como (rara) equipe própria ou (principalmente) fornecedora de chassis, a Lola esteve presente no grid da categoria entre as décadas de 1960 e 1990. Embora tenham construído uma reputação respeitada na F1, os carros da Lola quase nunca tiveram destaque por bons resultados.

A última passagem da Lola veio em 1997, com a equipe MasterCard Lola. O time, que tinha como pilotos titulares o brasileiro Ricardo Rosset e o italiano Vicenzo Sospiri, disputou apenas o GP da Austrália daquele ano. Com um projeto apressado e um péssimo resultado da dupla na qualificação, a Lola nem mesmo largou para a corrida do domingo. Antes do GP seguinte, no Brasil, a MasterCard retirou o patrocínio, e o time encerrou as atividades. Com um Grande Prêmio no currículo, virou folclore.

Imagem: F1

A Lola ainda foi cotada para voltar ao grid da F1 em 2010, em uma janela que aprovou a chegada de quatro novas escuderias: Manor (que virou Virgin, depois Marussia), Lotus (mais tarde Caterham), Campos Meta (que virou Hispania e HRT) e USGP (que, mesmo aprovada, acabou não conseguindo concretizar os planos).

Em 2012, falida, a Lola fechou as portas. No entanto, o espólio foi vendido e mudou de mãos algumas vezes. Em 2022, foi comprada pelo empresário Till Bechtolsheimer, que pretende recolocar um carro da Lola na pista em 2024.

Mas voltemos à Fórmula 1 e a Lawrence Stroll. O bilionário teria sido um dos interessados em adquirir os direitos sobre o nome Lola, sem sucesso. Apaixonado por automobilismo, deu à Force India o nome do consórcio que liderou a partir de 2018, antes de batiza-la como Aston Martin em 2021 – Stroll é um dos principais acionistas da marca desde 2020.

O investimento logo se mostrou acertado, e a marca Aston Martin voltou a ter destaque na F1. Mas o destino poderia ter sido outro, e o público poderia ter visto a volta da Lola ao grid. Resta agora saber se a marca, em outras mãos, retornará às pistas.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.