Skatista é mesmo a profissão da Daphne do MasterChef? Participante explica

Desde a estreia do programa, o público nas redes sociais fez memes com a profissão da paulista; ao Band.com ela conta como é ser atleta em tempo integral:

Stefani Sousa

Daphne, da 8ª temporada de MasterChef, é skatista há 5 anos Carlos Reinis/Band
Daphne, da 8ª temporada de MasterChef, é skatista há 5 anos
Carlos Reinis/Band

Profissão skatista? Desde que a 8º temporada do MasterChef Brasil estreou, em julho, muitas pessoas ficaram intrigadas com o texto de apresentação da cozinheira amadora Daphne Sonnenschein. Skatista amadora, a paulista de 19 anos despertou a curiosidade de muitos internautas que não viam ser atleta como uma possível carreira. Ao Band.com, ela explica como tudo começou no esporte. Veja com exclusividade:  

“Mãe, quero um skate” 
Quando tinha 7 ou 8 anos, Daphne ganhou de Natal um tênis de rodinha e foi aprender a andar em uma pista de São Bernardo do Campo (SP), onde morava. Quando chegou lá, viu várias pessoas de skate e se apaixonou pelas manobras. Largou o tênis de lado e pediu um de presente.  

O que a princípio era um brinquedo, que usava somente para passeios, se tornou profissão anos depois. “Parei de andar de skate com 13 anos e voltei aos 16. Entre idas e vindas conto 5 anos, mas nunca mais teve fim”, explica. Hoje, a profissão não só ocupa seus dias em tempo integral como também garante uma renda fixa, o famoso “salário”.  

O esporte é, para ela, um estilo de vida. Se está ansiosa, anda de skate. Se vai até a padaria, vai de skate. Se vai viajar, leva o skate. “Funciona como uma terapia pra mim, sabe? Quando ando, a minha cabeça fica limpa. É muito complexo porque sou viciada em skate e sinto que preciso praticar”, justifica. Os benefícios? “Me sinto livre. No dia a dia estou com amigos, é uma coisa que eu amo, me deixa muito bem, pareço outra pessoa. Me renovo.”  

De olho nas Olimpíadas  
Tamanha admiração, mesmo confinada a participante deu um jeito de acompanhar os Jogos Olímpicos em Tóquio. A atuação da equipe brasileira empolgou e emocionou a atleta que já dividiu pista com Rayssa Leal, medalhista de prata. “Já andei com ela umas duas vezes. Eu a acho a melhor do mundo, mas sei que vai ser ainda maior. Ela tem estilo, anda leve, é demais e, além de tudo, muito humilde, pés no chão. Fico impressionada com o quanto ela é madura, uma inspiração.” 

Se por um lado acompanhar tudo foi motivador, por outro ficou o questionamento do incentivo ao esporte em períodos sem olimpíadas. “É legal por causa da visibilidade. Vai ter mais gente apoiando, as marcas vão crescer e os atletas também. Mas não faz muito sentido em um momento como esse todo mundo apoiar e, depois, quando a gente vai gravar alguma coisa em um pico de rua, os policiais chegarem tentando tirar o skate da gente e prender. É meio hipócrita”, reflete.  

Cozinha e esporte  
É a sensação de liberdade que faz o coração da skatista bater mais forte. Antes da pandemia, ela tinha pelo menos uma competição por mês. O trabalho começou a se profissionalizar com olheiros que a viam na pista, convidavam para eventos e ofereciam algum tipo de apoio. Os treinos chegam a durar de 6 a 8 horas por dia. 

Quando se prepara para algum campeonato, Daphne até tenta, mas não consegue seguir uma rotina programada de treinos. O que ela gosta mesmo é de entender a energia de cada momento e deixar tudo fluir. “Assim como na cozinha, eu não consigo seguir regras. Prefiro fazer o que estou sentindo na hora. Mas a rotina é intensa, volto com a camiseta pingando de suor.” 

Unir esporte e cozinha é o sonho da atleta. “Imagino as duas coisas ligadas no futuro. Pensa comigo: meu restaurante com uma pista de skate atrás, no meio da natureza”, idealiza. Onde? Ela ainda não sabe, mas planeja viajar pelo mundo para encontrar o lugar certo. Nós, é claro, queremos conhecer já!  

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