O que você faria se ganhasse R$ 300 mil após vencer o talent show de gastronomia mais disputado do mundo? Viajaria, investiria, estudaria? Pois bem, o sonho do carioca Luiz Eduardo é usar parte desse dinheiro para se casar. Engana-se, no entanto, quem acha que esse desejo não tem a ver com gastronomia. A noiva Julyana é a sua maior incentivadora e quem, também, o ajudou a se inscrever no MasterChef Brasil. “Foi ela quem me colocou aqui dentro e está cuidando dos meus pais para mim. Do tempo que estamos juntos, ela me mostrou que eu conseguiria e que era melhor do que eu imaginava. Ela me incentivou a correr atrás do meu sonho, que era estar aqui”, conta o analista financeiro. A relação entre eles já dura mais de três anos.
“Se eu ganhar o prêmio de R$ 300 mil, a primeira coisa que eu vou fazer é casar. Pegar um pouquinho desse dinheiro para casar com ela. Pela Julyana, seria uma festa pequena, mas eu tenho família grande e muitos amigos. Queria fazer algo para 150 pessoas, para termos o casamento que eu gostaria de dar para ela”, revela
Depois disso, Luiz passaria a investir em conhecimento. “Eu quero estudar porque eu sei que ganhar o MasterChef é maravilhoso e significa muita coisa, mas tem um caminho muito longo. Não posso sair daqui achando que eu sou cozinheiro. Quero aprender com os que eu admiro para, um dia, abrir o meu restaurante. Não quero um D.O.M., mas algo meu, bom e que as pessoas comam felizes”, completa.
Antes de chegar em uma possível final, o analista financeiro sabe que precisa enfrentar muitos desafios ainda e um deles será decidir seu futuro profissional. Para entrar no talent show, ele saiu de férias, mas talvez peça demissão se for longe na competição. “É um trabalho bem maçante. Eu sinto que o que eu faço não gera nada, não produz nada de novo. Eu só fico computando números”, explica.
“Para mim, é muito ruim pensar que eu não ‘gero’ nada de novo para o mundo. Na cozinha, eu sinto que eu posso gerar alguma coisa nova. E vencendo o MasterChef, principalmente, eu posso deixar uma marca no mundo. A cozinha me proporciona muito isso, por isso eu tenho vontade de perseguir esse sonho e vejo a gastronomia ao longo da minha vida”, completa.
Expressa nos olhos brilhando, a paixão de Luiz pelas panelas começou jovem. “Quando criança, era sempre a família em volta da mesa. Então você associa comida com família, mesa cheia, conversa. Mas ela se intensificou cinco anos atrás quando eu fui morar sozinho. Comecei a cozinhar mais e mais, aprender mais. O ponto de virada mesmo foi conhecer a minha noiva, porque quis cozinhar melhor para ela”, afirma.
“Ela cozinha também, muito bem. Só que ela não gosta de cozinhar, tem preguiça. Sempre diz: ‘Ah, você cozinha melhor’. Mas na pandemia ela começou a fazer doces e todo mundo elogiou”, revela. Enquanto isso, Luiz cuida dos salgados, Julyana fica responsável pela sobremesa. “Hoje em dia não tem uma reunião de família que não tenha o brownie dela”, completa.
Assim como a noiva, o participante também aproveitou a quarentena para se especializar em uma categoria de receitas. “Eu gosto de mexer com proteína em geral, qualquer tipo de carne, mas cresceu uma paixão em mim por fazer massa. Qualquer tipo de massa: pão, massa fresca. Acho terapêutico”, conta.
O analista financeiro promete ainda dar trabalho no jogo. “Meu ponto forte é a minha vontade de vencer. Nunca tive essa determinação na vida. Estou estudando bastante e acho que isso pode me levar longe. Só preciso controlar o meu nervosismo. Acho que eu consigo. Porque é meu prato que será julgado, então não tenho que me preocupar com os outros participantes, né? Pelo menos não no princípio. Minha estratégia será fazer o que eu sei, bem feito”, finaliza.