Elegância e gentileza marcaram a passagem de Juliana N. no MasterChef Brasil. Gaúcha de coração, a estilista de Jaraguá do Sul (SC) deixou o programa no quarto episódio, exibido nesta terça-feira (27), após enfrentar três provas de eliminação ao longo da 8ª temporada. No desafio do croque monsieur, seu sanduíche teve mais erros do que acertos e foi o pior por escolha dos jurados. Apesar de perder no jogo, Juliana ganhou o carinho do público. Em sua trajetória, chamou a atenção pelo jeito empático e teve seu nome entre os assuntos mais comentados do Twitter, além dos vários seguidores que passaram a acompanhá-la em outras redes. Em entrevista ao Band.com ela conta detalhes de tudo o que viveu no talent show.
“Me senti amada” diz, logo nos primeiros minutos de conversa, ao analisar o engajamento dos fãs do programa que a acompanharam até aqui. É que ser admirada mesmo na derrota a fez olhar seu íntimo e voltar no tempo em um processo empoderador. “Ser real e verdadeira só me faz acreditar que sou mais forte. Durante a vida inteira me mostrei vitoriosa e quase perfeita, mas muitas vezes escondi meus fracassos, perdas e dores. Poder agora assumir as críticas de cabeça erguida me faz um ser humano muito melhor”, garante.
O amor veio das redes sociais, mas dentro da cozinha o cenário foi outro. Das relações que criou, fica a torcida para Daphne que, segunda ela, foi quem mais lhe passou verdade na dinâmica. “Ela é madura apesar de jovem, focada, concentrada e tem uma boa experiência na cozinha [...] Teria muito orgulho de ser mãe dela.” Já sobre os demais, garante que tem muita gente criando relações por interesse. “Acho que as relações de verdade existirão lá fora simplesmente porque a gente se conectou aqui. Aqui elas ainda são por interesse. As pessoas que acreditam que estão criando amigos aqui estão se iludindo.”
Embalada pela canção “Tempos Modernos”, do Lulu Santos, a estilista entrou várias vezes no estúdio cantando repetidamente “vamos viver tudo o que há para viver”. Hoje, encara a experiência intensa de cozinhar sob pressão como algo libertador. “Sou muito feliz por ter entrado na disputa. A escolha de me inscrever foi minha e, quando eu decidi, o universo inteiro conspirou.”
Uma das provas que mais emocionou Juliana foi justamente a do episódio que ocasionou sua eliminação. Poder cozinhar marmitas para 150 pessoas em situação de rua fez seu coração bater mais forte. Liderada por Sergio, capitão da equipe azul, ela esteve envolvida na produção do molho. “Não posso dizer que foi uma boa liderança, mas foi uma boa equipe. [...] Por ter experiência em cozinha solidária, eu sabia que precisava usar bem o equipamento disponível para vencer no tempo. O líder não teve muito o que impor ou brigar porque o grupo era muito afinado”, explica.
Seu maior orgulho? Ter ouvido da chef Helena Rizzo que o Devil's Food Cake que preparou no 1º episódio era uma obra-prima em sabor e apresentação. “Ninguém recebeu um elogio assim. É uma lembrança para o resto da vida para uma cozinheira amadora que faz tudo com amor, sem estratégia, sem jogo, sem técnica ou preparo.” Deu certo!
A caminho de casa, do reencontro com o marido, Gustavo, e com o filho, Augusto, a participante acredita que cumpriu com o objetivo de dar o seu melhor na competição. “Por mais que eu tenha dito muitas vezes sobre vencer o MasterChef, o que eu ganhei de experiência de vida foi imenso”, analisa. “O que fica é que as vitórias são muito maiores do que a gente almeja. Quando a gente olha para o troféu, não percebe que muitas coisas vêm pelo caminho.” Sentiremos saudade das suas reflexões, Ju! Boa sorte.
Saiba tudo o que rolou no 4º episódio do MasterChef Brasil
Primeira prova em equipe da temporada
Na primeira prova da noite, os participantes receberam a visita do ator Felipe Titto e foram divididos em duas equipes para preparar 300 marmitas. Ao fim da produção, as refeições foram doadas para a instituição O Amor Agradece, que acolhe pessoas em situação de rua. Ao longo de 2h de prova, a cozinha pegou fogo e muita gente se emocionou com a possibilidade de ajudar o próximo.
A rivalidade entre Eduardo e Sergio
Depois de brigarem por causa da pimenta no 3º episódio, os cozinheiros voltaram a se enfrentar como capitães da prova em equipe. Eduardo, que venceu a prova do donuts na semana passada, ganhou o direito de liderar um grupo e escolher quem lideraria o outro. Sincero após chamar o colega de confinamento de “autoritário”, o universitário deu a missão para Sergio alegando não ter vontade de trabalhar com ele. Os demais participantes escolheram o time na sorte: cada um abriu uma marmita e lá encontrou a cor de sua respectiva turma.
Time azul na prova de eliminação
Liderança, trabalho em equipe, apresentação, sabor e cardápio definiram o grupo vencedora da primeira prova. Ponto para a equipe vermelha, liderada por Eduardo, que ganhou em três das cinco categorias. Chefe do time perdedor, Sergio teve que escolher entre subir ao mezanino ou salvar três pessoas de sua equipe. Cristina, Daphne e Renato foram os escolhidos pelo pernambucano que foi direto para a prova de eliminação.
Croque monsieur em 30 minutos
Disputaram a prova de eliminação, Sergio, Isabella, Juliana N., Amanda, Kelyn, Tiago e Pedro. Sem nunca ter provado a receita, o capitão da prova anterior seguiu as dicas dos jurados e venceu a prova. Kelyn, Isabella e Amanda também garantiram vaga no mezanino, mas sem muitos elogios dos chefs. Por fim, os participantes decidiram salvar Tiago e Juliana N. foi eliminada.