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Eliminado do MasterChef fugiu da Síria e se emociona ao falar do Brasil

“Pessoas me elogiando, gostando do meu trabalho... eu não senti isso no meu próprio país”, disse Tarek em entrevista ao QG MasterChef; confira:

Da redação, com QG MasterChef

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Eliminado do segundo episódio do MasterChef Profissionais 2023, Tarek foi o entrevistado da semana no QG MasterChef. Durante o bate-papo, o cozinheiro se emocionou ao falar sobre o Brasil e o carinho que está recebendo após sua participação no talent show. 

“Eu sou uma pessoa que se emociona muito...  Uma coisa importante, e que devo falar, é sobre o carinho que recebi neste tempo. Não consigo explicar. Pessoas me elogiando, gostando do meu trabalho... eu não senti isso no meu próprio país”, disse em resposta a um recado carinhoso de Lubyanka Baltar, da segunda temporada de MasterChef Profissionais. “Saí da Síria adolescente, e não me sentia acolhido lá, como me senti aqui. Não tenho palavras e fico muito feliz”, completou. 

Tarek viajou para o Brasil para fugir da guerra. "Eu ainda era estudante, estava trabalhando e, de repente, chegou uma guerra no país, uma guerra em que eu não queria servir", contou em entrevista ao Band.com.br. Foi, então, que ele decidiu tirar o visto para o Brasil e chegou ao Rio de Janeiro em busca de uma nova vida. Lá, encontrou barracas de salgados com a culinária árabe e um convite. "Um homem [dono de uma dessas barracas] me falou que poderia me indicar uma fábrica de salgados em que eu poderia arranjar algo para trabalhar", relembra.  Ele conseguiu o emprego, mas as condições de trabalho eram degradantes: "Percebi que tinha algo de errado, porque a gente não recebia dinheiro, a gente só comia as esfihas e os salgados que a gente fazia, dormia muita gente no mesmo quarto." Tarek viveu nessas condições até que, um dia, decidiu sair para conhecer a cidade. Quando voltou à fábrica, percebeu que haviam roubado todo seu dinheiro. Leia a história completa de Tarek aqui. 

Além de Lubyanka, a vice-campeã do MasterChef Profissionais 2022, Thalyta Koller, também deixou um recado que arrancou lágrimas de Tarek no QG. “Ouvir frases lindas de uma profissional como ela... já sou ruim de português, imagina emocionado?”, brincou. “É incrível o que estou vivendo. Respeito e honro as histórias de todos que encontrei na minha vida aqui. Então, o máximo que posso fazer é agradecer a todos. Eu ganhei a vida com esse programa”.


Cebola na sobremesa, Tarek?

Sobre a polêmica da cebola na sobremesa, durante a prova do tomate (o que deixou Helena Rizzo assustada), Tarek alegou ser uma prática comum na culinária Síria. Ainda garantiu que a chef, e os demais jurados, não sentiram o gosto do ingrediente na sua gelatina. “Eu usei quase 2 kgs de tomate triturado, e a água deste tomate foi misturada e, ½ cebola. Ou seja, sabor de cebola não teve, não. Só queria a ardência, o adocicado dela... e nenhum jurado falou do sabor da cebola [na sobremesa]”, alegou. 

Segundo Tarek, a culinária do seu pais natal é muito diferente da do Brasil. “Por lá, não temos as mesmas frutas e legumes o ano todo. Então, quando é época de tomate, fazemos muita geleia, tomate-seco, vários doces... justamente para aproveitá-lo ao máximo. A gelatina de tomate não foi invenção minha, fazemos muito por lá”, explicou. “Alho, por exemplo, temos apenas durante um mês. Então, o colocamos para desidratar e, assim, conseguirmos usá-lo o ano inteiro (...) O que tem por aqui [da culinária Síria] é apenas 3%, 4% da real gastronomia de lá”.


Assista ao QG MasterChefna íntegra:

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