Em Julho de 2010, a atriz Cissa Guimarães viveu um dos momentos mais difíceis de sua vida: seu filho mais novo, Rafael Mascarenhas, morreu depois de ser atropelado, na cidade do Rio de Janeiro, por um carro envolvido em um racha. No Arquivo Pessoal do Faustão Na Band, reexibido nesta quarta-feira (15), Cissa falou sobre o caso e abriu o coração sobre como se sente em relação aos assassinos de Rafael.
Ela contou que nenhum dos envolvidos no assassinato de Rafael Mascarenhas a procurou para prestar alguma solidariedade ou demonstrar arrependimento. “Essa família, a mãe desse rapaz que atropelou meu filho, nunca sequer me procurou, como mãe. Eu encontrei com eles no julgamento, mas ficaram de cabeça baixa”, disse. “Eles ficaram presos por dois dias e saíra. Eu batalhei tanto [por justiça], mas é uma impunidade absurda”, completou.
Cissa destacou que, apesar da impunidade e irresponsabilidade dos envolvidos, ela não deseja o mal dos condenados, mas espera que eles tenham evoluído como seres humanos. “Eu espero que eles tenham aprendido alguma coisa, porque o meu filho está aí pra ensinar. Eu não vou dizer que tenho pena, mas meu filho está na luz. Vocês estão nas trevas, nessa dimensão e não tem mais vida”, desabafou.
O túnel estava fechado para a manutenção. Eram três meninos, o meu filho e mais dois. Eles ligavam para a prefeitura para saber se [o túnel] estava interditado, uma prática que se faz muito no Rio. O túnel fechava toda segunda-feira para manutenção, que não havia muita, verdade seja dita, mas não era permitido que passassem carros.
Cissa Guimarães destacou que a participação dos motoristas na morte de Rafael foi muito além do atropelamento propriamente dito. Ela contou que eles não prestaram socorro à vitima, além de corromperem a polícia para não serem pegos em flagrante e largarem o corpo na via.
Toda a emocionante participação de Cissa Guimarães no Arquivo Pessoal está disponível no canal do Faustão Na Band no YouTube.