Arquivo Pessoal

Cissa Guimarães diz que responsáveis pela morte do filho nunca a procuraram

No Arquivo Pessoal, a atriz relembrou o atropelamento que tirou a vida do filho Rafael, de 18 anos, e disse a Faustão que nunca foi procurada pelos responsáveis

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Cissa Guimarães foi a convidada do Arquivo Pessoal desta quarta (23). Após receber um depoimento emocionante de Miguel Falabella, ela comentou sobre a morte do filho Rafael Mascarenhas, de 18 anos. O jovem foi atropelado por um carro em alta velocidade enquanto andava de skate em um túnel fechado, em julho de 2010, no Rio de Janeiro (RJ). Em declaração inédita para Faustão, desabafou sobre nunca ter sido procurada pelos responsáveis do crime. 

“Eles foram presos, acho que ficaram dois dias”, referindo-se ao jovem que atropelou seu filho e ao pai dele, que também estava presente. “Eu batalhei muito e continuo batalhando como posso, mas é uma impunidade absurda. Cheguei a ir no Palácio da Alvorada, falei o que pude”, relembrou. 

Em seguida, contou ao apresentador que nunca foi procurada por eles. “Quer saber de uma coisa? Tomara que eles estejam até nos assistindo, porque esse programa todo mundo assiste. Eu não tenho pena: meu filho está na luz, vocês estão nas trevas, estão nessa dimensão, mas não têm mais vida. O que é mais louco é que essa mãe desse rapaz que atropelou meu filho nunca sequer me procurou como mãe”, disse. 

“Eu encontrei com eles em um julgamento. Olhei para o pai e para o filho, eles ficaram com a cabeça baixa e passaram. Eu sei de histórias de pessoas. Saíram do Rio de Janeiro, eles estão morando fora, se esconderam. Um homem que trabalhou com esse rapaz disse que ele é raivoso, cheio de trevas. Espero que ele tenha aprendido alguma coisa com isso, porque meu filho está aí para ensinar, dar luz. Tomara que ele tenha evoluído”, declarou. 

Sobre o caso

No início do programa, Cissa descreveu como foi a noite em que tudo aconteceu. “O túnel estava fechado para a manutenção. Eram três meninos, o meu filho e mais dois. Eles ligavam para a prefeitura para saber se estava interditado, uma prática que se faz muito no Rio. O túnel fechava todas as segundas para manutenção – que não havia muita, verdade seja dita. Mas não era permitido que passassem carros. Eles estavam lá e entraram esses caras fazendo ‘um pega’, uma loucura. Além do que, não prestaram socorro, corromperam a polícia, largaram meu filho ali", contou.