2023 é um ano especial para Graça Cunha. Ela, que foi responsável por cantar o tema de abertura no remake do filme O Rei Leão (2019), está completando 30 anos de carreira e prepara um projeto especial para comemorar. Por isso mesmo, é curioso pensar que ela não cogitava nem um pouco ser artista. Segundo relatou ao programa Antenados, comandado por Danilo Gobatto na Rádio Bandeirantes, a mãe sempre a incentivou a seguir carreira nas artes, mas ela não curtia a ideia.

“Eu não comecei muito jovem. Eu era tímida para cantar, tinha vergonha. Eu cantava no banheiro quando era mais jovem. Minha mãe falava: ‘Vou te inscrever em algum programa de calouro’. Eu falava: ‘Não quero, quero jogar’. Eu gosto demais de esporte, me formei em educação física”, destacou.

Por uma enorme ironia do destino, foi na faculdade que ela caiu de cabeça no canto já que entrou para uma banda que até me festivais foi parar. Em 1993, ela já estava na Oficina dos Menestréis e ganhou seu primeiro salário no meio artístico. A partir de então, não parou mais.

“Nesses 30 anos acabei gravando música para anime, para seriado infantil de televisão, até Castelo-Rá-Tim-Bum fiz coro. Tenho bastante material no decorrer desses 30 anos que são voltados para essa faixa etária e que acaba pegando os adultos”, contou Graça.

Nessa trajetória, ela vê sua atuação no Rei Leão – onde além de cantar a abertura, dublou Sarabi, a mãe do protagonista Simba – como um marco.

“O Rei Leão mexe com nosso coração, como nosso inconsciente. Traz muitas lembranças boas, é uma história incrível. Assisti ao primeiro desenho, eu e uma turma enorme no cinema. Como eu ia imaginar que um dia eles iam fazer um remake e eu ia ser a cantora da abertura e dubladora. É uma coisa que traz muita emoção”, derreteu-se.

A artista realizará um show em comemoração à toda essa trajetória, onde cantará músicas do filme, mas também outras que marcaram sua infância, como as de repertórios de Chico Buarque, Vinícius de Moraes e Balão Mágico.