O segundo dia de campanha após a votação já indica as movimentações que devem ocorrer nessa nova fase da disputa. Entre outros acontecimentos, o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, sinalizou que deve apoiar o candidato do Republicanos, Tarcísio de Freitas. Mas o que isso significa numericamente? O que a candidatura de Fernando Haddad pode mirar a partir de agora para responder a isso? Quais outros pontos podem decidir a eleição paulista? O Band Verifica levanta os números e o contexto da disputa em São Paulo.
Garcia ao lado de Tarcísio
O atual governador de São Paulo sinalizou nesta terça-feira que apoiará o candidato bolsonarista. O tucano recebeu 18,4% dos votos válidos. Tarcísio de Freitas teve 42,32% e Fernando Haddad 35,40%. Somados, todos os outros candidatos tiveram 3,4%. Vale lembrar que o partido de Rodrigo Garcia, o PSDB, venceu todas as eleições que disputou em São Paulo desde 1994.
Os votos do psdbista na capital paulista, onde Haddad liderou no primeiro turno, são vistos como estratégicos pela campanha do ex-ministro da Infraestrutura. Garcia teve 18% dos votos dos paulistanos. O petista alcançou 44,2% contra 32.67% de Tarcísio. Vale ressaltar, porém, que o candidato do Republicanos afirmou em coletiva de imprensa também nesta terça-feira que espera “uma migração natural” desse eleitorado, mas que não vê sentido em ter Garcia no seu palanque.
O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também indicou apoio ao candidato do Republicanos.
Haddad mira a abstenção
No estado, quase 7,5 milhões de pessoas deixaram de votar no primeiro turno. Diminuir o número da abstenção também passa a ser um ponto fundamental para a candidatura de Fernando Haddad. A diferença entre ele e Tarcísio de Freitas é de pouco mais de 1,5 milhão de eleitores.
Disputa presidencial
Muito atrelados aos seus candidatos ao Planalto, tanto Haddad quando Tarcísio acompanham de perto a evolução da disputa presidencial no estado. No primeiro turno, Jair Bolsonaro teve 47,7% dos votos em São Paulo e Lula obteve 40,89%.
Fundo eleitoral
Deve ser um segundo turno marcado por muito investimento em viagens, propagandas e comícios. Cada candidatura poderá gastar até R$13,2 milhões de reais nesta etapa da campanha. Até agora Fernando Haddad teve R$25,8 milhões de reais a seu dispor e declarou despesa de R$18,9 milhões. Tarcísio arrecadou R$ 16,3 milhões, destes 10 milhões vieram de partidos, e o restante de doações de pessoas físicas.
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