O estado de São Paulo é o grande foco da campanha petista, que não quer permitir que o presidente Jair Bolsonaro, do PL, aumente a vantagem no território paulista, maior colégio eleitoral do país. Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, conversaram com a colunista da BandNews FM Mônica Bergamo sobre os rumos da articulação política neste segundo turno e relatam dificuldades de o partido obter o apoio do PSDB do estado.

O candidato a reeleição conquistou 47,7% dos votos válidos em São Paulo, contra 40,9% de Lula. A diferença deu vantagem de 1,7 milhão de votos para Bolsonaro.

A campanha petista procura o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, do PSDB, em busca de apoio explícito. Mas os tucanos devem mesmo liberar os prefeitos para apoiarem quem desejarem no segundo turno, sem se comprometer com apoio anunciado.

Pelo interior de São Paulo, prefeitos tucanos já começaram a anunciar apoios para Bolsonaro. O primeiro foi Duarte Nogueira, de Ribeirão Preto. Nas cidades fora da Grande São Paulo, o PT tem historicamente maior dificuldade. O conservadorismo nestas localidades é mais crítico ao petista.

Sem apoios explícitos, o trabalho da campanha petista deve ser maior e mais complicado, já que o trabalho de Lula será maior na busca por votos ou no impedimento para um aumento da vantagem de Bolsonaro em São Paulo.

Mônica Bergamo aponta que a expectativa é que os tucanos permaneçam em cima do muro, mesmo posicionamento que deve ser seguido pelo MDB, em São Paulo.

Embora Simone Tebet tenha indicado que apoiará Lula, os petistas acham muito difícil uma unanimidade de apoios para o ex-presidente.