Ata do BC que manteve Selic defende regra fiscal 'crível' para reduzir inflação

Em 22 de março, o Copom manteve a taxa de juros em 13.75% ao ano; governo critica e cobra queda da inflação

Da Redação

Ata do BC que manteve Selic defende regra fiscal 'crível' para reduzir inflação
Agência Brasil

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (28)  a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada em 22 de março, que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano. No documento, o BC diz que uma nova regra fiscal “sólida e crível" pode levar à queda da inflação no Brasil. 

“O Comitê destaca que a materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas, ao reduzir as expectativas de inflação, a incerteza na economia e o prêmio de risco associado aos ativos domésticos”, informou o Banco Central. 

Na ata, o Copom reforça que não há relação entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, “uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, as projeções da dívida pública e aos preços de ativos”. 

Segundo o BC, o Copom avalia que o compromisso com a execução do pacote fiscal sinalizado pelo Ministério da Fazenda atenua os estímulos fiscais sobre a demanda, o que reduz os riscos de alta sobre a inflação em curto prazo. 

"O Comitê seguirá acompanhando o desenho, a tramitação e a implementação do arcabouço fiscal que será apresentado pelo Governo e votado no Congresso”, pontua o Banco Central. 

Críticas do governo 

O presidente Lula voltou a criticar a taxa de juros em 13,75%. Segundo ele, “não existe explicação para nenhum ser humano do planeta Terra a taxa de juros no Brasil estar nessa porcentagem”.

A declaração foi dada durante a visita do presidente ao Complexo Naval de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, em 23 de março, um dia após o Copom divulgar que manteria o percentual da Selic. 

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