A professora Ana Célia da Rosa, uma das vítimas esfaqueadas pelo aluno de 13 anos que atacou escola, deve receber alta nesta terça-feira (28), segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Ao todo, quatro professoras e um aluno foram golpeados. Uma das educadoras, Elisabeth Tenreiro, morreu.
Ana Célia passou por cirurgia ainda na última segunda-feira (28), logo após o ataque. Agora, ela está em observação no Hospital das Clínicas (HC). Outras quatro vítimas receberam alta ainda ontem.
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que a professora Ana Célia da Rosa, vítima de ataque na E.E. Thomazia Montoro na segunda (27), segue em observação após passar por cirurgia no Hospital das Clínicas da FMUSP. A paciente tem previsão de alta para esta terça (28)”, diz a nota do governo.
Com 58 anos, Ana Célia dá aula de História. Quando era atacada pelo aluno, duas outras professoras agiram para desarmar o menor. Foram elas: Cinthia da Silva Barbosa, 37, de Educação Física, responsável por imobilizar o adolescente, e Sandra Pereira Mendes, 44.
Suposto racismo
Alunos contaram à imprensa que a professora Elisabeth Tenreiro separou uma briga entre o menor e outro aluno dias antes. O autor do crime teria sido racista, ocasião em que chamou o colega de “macaco”.
“Ele chamou um menino de macaco. Fomos eu e uns quatro meninos que apartamos a briga. O pessoal falava que ele falou que ia fazer uma coisa dessa e ninguém acreditava”, contou um aluno da escola.
O aluno responsável pelo ataque era novo na escola. Na escola anterior, o adolescente também teve “problemas com violência”, conforme contou o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder em entrevista coletiva.
Polícia investiga bullying
A Polícia Civil investiga se o menor de 13 anos foi vítima ou se praticava bullying com os colegas. Em entrevista à Band, a professora Rita de Cássia Reis, também ferida no ataque, contou que o autor das facadas era alvo de piadas devido a um bigode.
“Ele sofria bullying porque ele estava com um bigodinho. É a fase da adolescência deles. Esse bigodinho nasceu e os meninos começaram a chamá-lo de mexicano”, disse Rita de Cássia.