O tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna tinha uma relação próxima com o Rio de Janeiro. A morte do piloto completou 30 anos nesta quarta-feira (1º). Senna costumava descansar em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense, e participou algumas vezes do Carnaval Carioca
O ídolo brasileiro fez a primeira corrida na Fórmula 1 em 1984, no Autódromo de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, ainda pela escuderia Toleman. O motor quebrou na oitava volta e ele não chegou a concluir a corrida.
Em 1992, foi a vez do piloto se jogar no Carnaval Carioca e mostrar samba no pé. Durante o Desfile das Escolas Campeãs, na primeira visita à Marquês de Sapucaí, Senna pulou a grade, invadiu a Avenida e foi sambar com a bateria da Estácio de Sá. A cena ficou marcada na história, principalmente por ele ser considerado introspectivo e muito reservado
Em 2014, o piloto foi tema do samba enredo "Acelera, Tijuca" da escola de samba Unidos da Tijuca, que usou as corridas e o piloto brasileiro como tema do desfile. A escola conquistou o título e foi campeã daquele Carnaval.
Fãs de Ayrton Senna relembram com emoção e carinho a trajetória do ídolo e prestam suas homenagens.
Ele era diferenciado! Para a minha geração de "50 e um pouquinho" (anos), ele foi e sempre será um grande ídolo no esporte brasileiro.
Toda vez que eu falo de Ayrton Senna, eu me emociono, porque foi o meu grande ídolo. Eu sou vascaíno, mas o meu maior ídolo é a Ayrton Senna. É aquele que não está no esporte que eu mais acompanho.
No fatídico dia, 1º de maio, há 30 anos atrás, eu liguei a televisão exatamente no momento em que o acidente tinha acontecido...
E nós choramos muito junto, porque a nossa referência de esporte naquela época estava acabada.
Viva Ayrton Senna!
As referências são vistas por todos os lados. A Avenida Ayrton Senna, na Zona Oeste do Rio, por exemplo, liga a Gardênia Azul e a Cidade de Deus à Barra da Tijuca.
Na Lapa, na Região Central da cidade, o muralista Eduardo Kobra fez uma pintura de Ayrton segurando um troféu, imagem que reproduz o pódio do GP do Brasil de 1991, corrida histórica, quando Senna ficou em primeiro lugar, terminando a corrida apenas com a sexta marcha. Sem forças, ele teve que se esforçar para levantar o troféu, cena que ficou marcada na história da Formula 1.
Para quem quiser conhecer mais da história do piloto, até o dia 23 de junho o Village Mall, na Barra da Tijuca, recebe a exposição "Eu, Ayrton Senna da Silva - 30 anos". A mostra conta com a inteligência artificial e uso de tecnologias com modelagem 3D, que permitem a sensação de que o próprio Senna conduz o público pela mostra imersiva e interativa.
A exposição ocorre de terça a sábado, das 11 às 22 horas; e domingos e feriados, das 13 às 20 horas. O ingresso custa R$ 45,00 (inteira). Menores de 14 anos precisam estar acompanhados de um responsável.
