Ministro Flávio Dino se reúne com lideranças e organizações do Complexo da Maré

Em encontro desta segunda-feira (13), Dino teve acesso aos dados da sétima edição do Boletim Direito à Segurança Pública da Maré e ouviu relatos sobre os impactos da violência armada na região

Por Amanda MartinsGustavo Sleman

Ministro Flávio Dino se reuniu com lideranças e organizações do Complexo da Maré
Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se reuniu com lideranças e organizações do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro. No encontro desta segunda-feira (13), Dino teve acesso aos dados da sétima edição do Boletim Direito à Segurança Pública da Maré e ouviu relatos sobre os impactos da violência armada na região.

O levantamento da ONG Redes da Maré mostrou que 62% das operações em 2022 no complexo aconteceram perto de escolas e creches e 67% próximo a unidades de saúde. Durante a reunião, o ministro recebeu uma carta com reivindicações das entidades presentes, dentre elas a demanda de que as recomendações e determinações do Supremo Tribunal Federal sobre a realizações de ações policiais em comunidades sejam cumpridas.

Segundo Flávio Dino, a visita faz parte de um “processo de escuta”. Ele reforçou a importância de um estudo produzido por pessoas que vivem essa realidade.

Segundo o relatório, houve um aumento de 145% no número de mortes durante operações policiais nas 16 favelas que compõem o Complexo da Maré. Foram 39 mortes por causa da violência armada, sendo 27 em operações da polícia e 12 em confrontos entre criminosos. 

Na análise da coordenadora do projeto, Camila Barros, o estudo mostra o quanto as operações impactam no dia a dia dos moradores.

O levantamento aponta ainda que 87% das mortes nas 16 favelas da Maré tiveram indício de execução. O estudo leva em consideração as informações dos órgãos públicos, o monitoramento de redes sociais, notícias e a checagem junto aos moradores.

Ainda segundo a pesquisa, em 2022, foram constatadas 283 violações de direitos - a maioria contra moradores, sendo 91% dos casos durante ações da polícia. Procurada, a PM informou apenas que a corregedoria recebe denúncias pelo número 2725-9098 de forma anônima.

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