Alckmin defende regra fiscal de Haddad e aguarda aval de Lula para divulgação

O ministro da Fazenda informou que o objetivo é entregar o arcabouço fiscal antes da viagem do presidente Lula à China no final de março

BandNews FM

Alckmin defende regra fiscal de Haddad e aguarda aval de Lula para divulgação
Alckmin defende regra fiscal de Haddad e aguarda aval de Lula para divulgação
Foto: Lula Marques e Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento e da Indústria, Geraldo Alckmin, reforçou a importância da nova regra fiscal na noite desta terça-feira (14) em um evento da Confederação Nacional do Comércio (CNC).  Investidores e políticos participaram do encontro. 

De acordo com ele, o plano traçado pela equipe econômica abre caminho para uma queda da taxa básica de juros, a Selic, uma das metas da gestão federal. “No próximo mês, o governo estará encaminhando ao Congresso Nacional a ancoragem fiscal”, afirmou Alckmin. 

O político recebeu das mãos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o projeto do novo limite de gastos que será encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Haddad e Alckmin realizaram uma reunião no Palácio do Planalto antes do encontro marcado entre Lula e os ministros do governo. 

O chamado arcabouço fiscal foi apresentado a Alckmin e, de acordo com Haddad, o vice-presidente reagiu de maneira positiva à proposta. “Ele sorriu”, afirmou o chefe da Fazenda.

O próximo passo é encaminhar o projeto a Lula. Haddad confirmou que deve realizar uma nova reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, ainda nesta semana e que quer entregar o texto ao presidente antes da viagem à China, que será no final deste mês.

Se aprovada, a regra vai substituir o teto de gastos, aprovado na gestão de Michel Temer e que limita as despesas federais. Atualmente, é a principal referência para o gerenciamento das contas públicas. 

De acordo com Fernando Haddad, uma equipe restrita do governo teve acesso ao projeto, mas ele afirmou que a proposta “vai vazar uma hora”, mas que será “do jeito certo”. 

O responsável pela pasta da Fazenda afirma que a cautela adotada no estudo é apenas para todos saberem em conjunto da decisão de Lula.