Ucrânia cobra atenção da Otan, que resiste contra adesão de Kiev

Cúpula anual da aliança militar se reúne na Lituânia; um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia pode ser anunciado

BandNews FM

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Países da Otan discutem novo pacote de ajuda à Ucrânia.
Foto: reprodução/Otan

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta terça-feira (11) ser um “absurdo” que a Otan não convide o país para fazer parte da aliança militar encabeçada pelos Estados Unidos. A Organização do Tratado do Atlântico Norte foi fundada em 1949 no contexto da guerra fria.

O ucraniano elevou o tom contra o grupo de 31 nações ocidentais durante o primeiro dia da cúpula anual da Otan, que se reúne até quarta (12) em Vilnius, capital da Lituânia.

Os rumos da guerra contra a Rússia e o reforço das tropas de prontidão no Leste Europeu são alguns dos tópicos que serão discutidos entre os chefes de Estado e de governo dos países-membro.

Novas remessas para o território ucraniano devem ser anunciadas, encorpando ainda mais um pacote de ajuda que já ultrapassa os US$ 112 bilhões (R$ 560 bilhões).

Até o momento, o Estados Unidos é o país que mais ajudou financeiramente a Ucrânia. Já foram enviados US$ 47 bilhões (R$ 235 bi) em armamento e equipamentos entregues desde o início do conflito, em fevereiro do ano passado. Na sequência, aparece a Alemanha, que enviou US$ 8,25 bilhões (R$41,25 bi). Por fim, o Reino Unido já ajudou com US$ 7,15 bilhões (R$ 35,75 bi).

Kiev, no entanto, cobra maior proteção e quem fazer parte da aliança. O contrato da Otan prevê atuação conjunta quando uma das nações integrantes é atacada. Logo, a entrada da Ucrânia significaria que todo o grupo estaria em guerra contra a Rússia.

O presidente americano, Joe Biden, disse recentemente que não é uma unanimidade a escolha de trazer a Ucrânia para Otan neste momento. “Se a guerra está em andamento, estaremos todos em guerra contra a Rússia se a Ucrânia entrar na Otan agora”.

O regulamento da organização também proíbe a entrada de países em guerra. O que dificulta a adesão dos ucranianos.

O avanço da Otan para a proximidade da fronteira com a Rússia foi uma das razões do Kremlin para dar início ao conflito. No entanto, com medo de novas invasões, Finlândia e Suécia pediram para entrar na aliança militar.

Em abril, o governo de Helsinque conseguiu aderir ao grupo. O país tem uma fronteira de quase 1.300 quilômetros com a Rússia.

Nesta segunda-feira (10), após resistências da Turquia e da Hungria, foi anunciado um acordo para a adesão oficial da Suécia. O país abandonou a neutralidade e deve engrossar as fileiras da Otan em breve.

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