Cúpula da Otan quer discutir rumos da guerra e reforçar isolamento de Moscou

Aliança militar liderada pelos Estados Unidos se reúne na Lituânia com aceno para adesão da Suécia ao grupo

BandNews FM

Cúpula da Otan quer discutir rumos da guerra e reforçar isolamento de Moscou
Cúpula da Otan quer discutir rumos da guerra e reforçar isolamento de Moscou
Foto: OTAN

Os países-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte se reúnem nesta terça-feira (11) na Lituânia para a cúpula anual da Otan. O encontro que segue até quarta-feira (12) deve terminar com o anúncio do envio de novas armas para a Ucrânia e busca isolar ainda mais Moscou com a expansão do exército de prontidão nos países do Leste Europeu.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está em Vilnius para discutir os rumos da aliança ocidental. Criada em 1949 como uma resposta ao lado socialista da antiga União Soviética, o grupo conta atualmente com 31 integrantes.

Nesta segunda-feira (10), no entanto, pode ter dado passos largos para a adesão de um novo europeu. A Suécia até então neutra conseguiu um aceno da Turquia para entrar na aliança. A concordância do presidente turco, Tayyip Erdogan, foi anunciada pelo secretário-geral Jens Stoltenberg. O norueguês deve ser confirmado para mais um mandato diante da Otan.

A Turquia vetava a entrada da Suécia por causa de divergência contra opositores do regime autocrático coloca em prática por Ancara sob o comando de Erdogan. O país pediu adesão à Otan em 2022 junto com a Finlândia. O medo do avanço bélico da Rússia fez os nórdicos abandonarem a neutralidade.

Helsinque consegui concordância da Turquia em abril e já faz parte da aliança. O 31º estado-membro tem uma fronteira de mais de mil quilômetros com a Rússia.

A cúpula também discute ainda os estoques bélicos na Europa, em baixa por causa da ausência de pólvora e a crescente ajuda a Kiev. Enquanto os americanos, responsáveis por 70% dos gastos militares do grupo, devem forçar a necessidade de mais investimentos na área militar - de 2% do PIB dos países.

A expansão da força de prontidão e a possibilidade de chegar a 300 mil homens à disposição para uma possível guerra são outros pontos da reunião.

França e Alemanha são alinhados aos americanos, mas avançam pouco nos gastos militares. Paris e Berlim reforçam que seguem ao lado da Ucrânia, mas pisam em ovos para evitar um conflito direto com Moscou.

As preocupações estratégicas com a China e a necessidade de alianças no Oriente também devem entrar em pautas. Também por isso, Austrália e Japão são convidados de honra do encontro.