Autoridade de Moscou retiraram o alerta antiterrorismo vigente desde sexta-feira (23) e a cidade voltou à normalidade nesta segunda-feira (26). Interdições seguem apenas nas proximidades do Kremlin, mas a população consegue circular sem restrições na capital. O país estava em atenção desde que o grupo mercenário Wagner anunciou um motim contra o ministro da Defesa e desafiou Vladimir Putin.
O presidente russo discursou em um evento para industriais e, mais uma vez, não citou a rebelião que colocou em risco a guerra com a Ucrânia.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa divulgou imagens de Serguei Choigu, comandante das tropas, em uma visita ao país invadido. Ele esteve em um base utilizada no conflito. Está foi a primeira aparição do ministro desde o início do motim.
O grupo Wagner acusa Choigu de bombardear bases dos mercenários e exigia a saída dele para conter o avanço para Moscou. Os combatentes aceitaram uma trégua e retornaram para bases que mantém no sul da Rússia. Ainda é incerto o destino da participação desses militares na Ucrânia.
Enquanto isso, Yevgeny Prigozhin, chefe dos mercenários, estaria a caminho da Belarus para cumprir um exílio negociado para dar fim ao motim. Até então próximo de Putin, não há informações concretas sobre o paradeiro do homem que aterrorizou a Rússia.
A aparente normalidade contrasta com falas da diplomacia europeia, que vê um enfraquecimento de Putin após o episódio.
Na última sexta-feira (23), o grupo Wagner deixou o território ucraniano e avançou pelo sul da Rússia. Os mercenários tomaram a cidade Rostov-do-Don. Os combatentes avançaram e ficaram a duzentos quilômetros da capital.
Um acordo foi negociado pela Belarus para conter a escalada e a promessa de anistia para os 25 mil soldados do Wagner convenceu Yevgeny Prigozhin. Ele acusava o Ministério da Defesa de mentir sobre as baixas na guerra e apontava corrupção na alta cúpula.