Russos vão para fronteira após convocação militar; países querem evitar entrada

Finlândia já pensa em restringir entrada de russos no território; convocação de 300 mil reservistas preocupa famílias na Rússia

Rádio BandNews FM

Russos vão para fronteira após convocação militar; países querem evitar entrada
Foto: Reuters

O anúncio da convocação de 300 mil reservistas russos para reforçar as tropas em guerra na Ucrânia, fez com que milhares de homens fugissem para as fronteiras com a Geórgia e a Finlândia. Em uma tentativa de evitar a ida para o conflito, muitos atravessam de carro para países vizinhos depois que as passagens aéreas internacionais sumiram em pouco tempo.

Por conta do conflito, países europeus suspenderam voos para a Rússia e a conexão com o país está prejudicada. Na fronteira com a Finlândia, as filas de carros passam de 10 horas. O governo finlandês anunciou nesta quinta-feira (22) que estuda a imposição de limites para a entrada de russos no território.

Imagens divulgadas pelas agências internacionais revelam enormes filas nos postos de fronteira. Entre os russos, o desejo de fugir de uma possível luta armada no país vizinho.

Em discurso transmitido na internet, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky incentivou a fuga dos russos e disse que 50 mil homens já morreram no campo de batalha.

Em Moscou, protestos contra a mobilização militar parcial anunciada na quarta-feira (21) por Vladimir Putin são reprimidos violentamente. Mais de 1300 mil pessoas já foram presas nas manifestações.

Os reservistas convocados são aqueles que já tiveram alguma experiência nas forças armadas, mas existe na comunidade russa o temor de que os homens sejam todos chamados ou impedidos de sair do país em uma futura mobilização mais abrangente a ser anunciada nos próximos dias.

Nos países europeus, já há discussões pra se exibir visto ou endurecer as regras para permitir a entrada de russos no território, por isso, a Turquia ou países do Oriente Médio (como Emirados Árabes, Dubai e Catar) são os preferidos neste momento de “fuga”.

Quando do início da guerra, em fevereiro, intelectuais e opositores de Putin já tinham deixado à Rússia. Na época, existia o temor de convocação desse público para lutar na Ucrânia.

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