Após o presidente russo ameaçar o uso de armas nucleares e convocar reservistas das Forças Armadas, líderes de todo o mundo condenaram a fala e prometeram reações.
Vladmir Putin fez um pronunciamento à nação nesta quarta-feira (21) convocando cerca de 300 mil homens para se unirem aos militares que estão atuando na guerra contra a Ucrânia. Essa é a primeira mobilização militar deste tipo, na Rússia, desde a Segunda Guerra Mundial.
Sem dar uma data para o início do envio das novas tropas, o governo russo determinou que homens de 18 a 65 anos de idade não podem deixar o país.
No pronunciamento, o presidente da Rússia afirmou que países do Ocidente e a OTAN estão ameaçando territórios russos e usando a possibilidade de uma guerra nuclear como uma forma de ameaça. Putin disse estar preparado para o que chamou de defesa da soberania, inclusive com armas de destruição em massa.
Horas depois do pronunciamento do russo, o presidente dos Estados Unidos fez um discurso na Assembleia Geral da ONU. Joe Biden subiu o tom e afirmou que o mundo deve ver os atos russos de forma clara: uma agressão injustificada.
Já o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse, em entrevista a um TV alemã, não acreditar que Putin utilize armas nucleares. Ele ainda declarou que o mundo não vai permitir que esses armamentos sejam acionados por Moscou.
Em discurso na Assembleia Geral da ONU, realizado por videoconferência, Zelensky defendeu que a Rússia seja considerada um agente terrorista. E voltou a dizer que é preciso colocar um limite no preço do gás e petróleo russos.
A guerra na Ucrânia já dura mais de seis meses, sem previsão para um fim.