Caminhoneiros e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro realizam bloqueios em rodovias de dezoito estados do país nesta segunda-feira (31). Os manifestantes são contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista conquistou um terceiro mandato ao derrotar o atual presidente no segundo turno realizado no domingo (30).
Além do Distrito Federal, estradas federais têm retenções na Bahia, Maranhão, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia, Acre, Pará, Goiás, Tocantins e São Paulo. O balanço foi divulgado às 15h.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, eram 102 bloqueios e 134 interdições somente em rodovias federais no meio da tarde. Embora a maioria dos atos ocorra em rodovias federais, também há registros de paralisações também estão acontecendo em rodovias estaduais.
A PRF afirma estar monitorando todas as ocorrências para garantir fluxo viário normal e que equipes foram destacadas para atuar em todos as localidades com protestos.
Os atos nas estradas tiveram início ainda na noite de domingo (30), logo após a divulgação do resultado do segundo turno da eleição presidencial que terminou com a derrota de Jair Bolsonaro (PL). Vídeos que circulam na internet mostram que os manifestantes queimaram pneus impedindo a passagem de veículos em diversos pontos.
Os grupos são contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Com organização difusa e sem maiores reivindicações, há dificuldade para negociar a retomada do fluxo nas estradas.
Pontos de bloqueios são registrados na Rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre Rio e São Paulo. Como os ônibus não conseguem trafegar entre as cidades, a venda de passagens rodoviárias entre os dois estados foi suspensa nos terminais rodoviários.
Até a atualização da reportagem, a Federação dos Caminhoneiros não se manifestou.
Já no Rio de Janeiro, a Associação Fluminense dos Transportadores de Carga emitiu uma nota dizendo que reconhece o resultado da eleição. A nota afirma que não houve avanço nas reivindicações da categoria nos últimos quatro anos.