O âncora do O É da Coisa, Reinaldo Azevedo, afirma que "não é prudente" a indicação de Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, para o Supremo Tribunal Federal, porque "cria um excesso de ruídos dada a proximidade entre os dois”.
O jornalista avalia que, do ponto de vista intelectual, Zanin é “extremamente competente” e não tem nada contra a indicação. Mas ele reforça que o temor é de que haja uma “crispação política desnecessária”.
Alguns ministros do STF, como Gilmar Mendes, Roberto Barroso, Luiz Fux e Nunes Marques, elogiaram a escolha do advogado pela “qualidade e trajetória profissional”.
Por outro lado, o senado Sergio Moro (União Brasil-PR) criticou a indicação de Lula. “A nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano”, disse o ex-juiz.
Reinaldo Azevedo contesta e diz que Moro não tem direto de falar em espírito republicano, porque, quando juiz, "condenou Lula sem provas e, meses depois, aceitou a indicação para ser ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro”.
Outros dois nomes que reprovaram a escolha de Cristiano Zanin foram o deputado cassado Deltan Dallagnol e o jurista Ives Gandra. Para o âncora do O É da Coisa, as críticas de ambos só qualificam ainda mais a indicação feita por Lula.