Polícia do DF e Interpol prendem organização que fraudava investimentos

Operação Difusão Vermelha já identificou 945 vítimas no Brasil

Rádio BandNews FM

Polícia do DF e Interpol prendem organização que fraudava investimentos
Agência Brasil

Nesta terça-feira (7), uma operação da Polícia Civil do DF, coordenada pela delegacia do Lago Norte, cumpriu seis mandados de prisão preventiva na cidade de Lisboa, capital de Portugal.  

A chamada Operação Difusão Vermelha investigava havia um ano, um grupo que praticava golpes contra brasileiros, e tinha uma empresa de fachada na capital portuguesa.

A organização criminosa atuava havia pelo menos quatro anos, aplicando golpes relacionados ao mercado de valores, por meio de um esquema bem estruturado de criptomoedas. A ação teve o apoio da Interpol e os presos serão extraditados para o Brasil.

Além dos mandados, a polícia ordenou o bloqueio de contas bancárias dos integrantes da organização, sequestro de criptoativos e derrubada de websites. Os envolvidos foram indiciados em diversas acusações de fraude eletrônica, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As penas somadas por esses crimes podem chegar a 50 anos de reclusão.

A empresa seria de um homem de nacionalidade tcheca que montou um escritório de fachada para uma suposta empresa de publicidade. Porém, a verdadeira operação da empresa era vender falsos investimentos na bolsa de valores por meio de empresas fantasmas de corretagem.

Nesse local, o tchecoslovaco montou um call center e contratou centenas de brasileiros, a maioria, imigrantes ilegais que, sem opção de trabalho, sujeitaram-se a participar do esquema. A ideia era a contratação de pessoas que falassem fluentemente português, o que validava a escolha de vítimas brasileiras para ligações diárias ao Brasil com o objetivo de oferecer opções de investimentos.

Os suspeitos usavam aplicativos que mascaravam os números internacionais e simulavam uma ligação com DDD 61, para aumentar as chances de terem as ligações atendidas.

A PCDF apurou que todo o dinheiro depositado nas contas das supostas empresas era diretamente desviado para contas pessoais dos criminosos, levando as vítimas a acreditarem que não se tratava de um golpe, mas de uma perda na bolsa de valores. A investigação mapeou pelo menos 945 pessoas que caíram no esquema fraudulento.

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