Pirâmide de criptomoedas: investigação continua e conta com apoio da Interpol

Quadrilha prometia lucro extra aos clientes e movimentou R$ 38 bilhões

BandNews FM

A quadrilha movimentou 38 bilhões de reais em contas bancárias, em seis anos.  Foto: Divulgação/Polícia Federal
A quadrilha movimentou 38 bilhões de reais em contas bancárias, em seis anos.
Foto: Divulgação/Polícia Federal

A esposa do empresário preso acusado de comandar um esquema de fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas é considerada foragida. Mirelis Zerpa, de 38 anos, é procurada pela Interpol, já que teria ido para os Estados Unidos.

A quadrilha movimentou 38 bilhões de reais em contas bancárias, em seis anos.  Segundo um relatório do COAF encaminhado à Polícia Federal, só nos últimos 12 meses foram cerca de 17 bilhões movimentados por Glaidson Acácio dos Santos.

O dono da empresa GAS Consultoria e outros dois acusados de fazer parte do esquema tiveram as prisões preventivas mantidas pela Justiça Federal, no fim de semana. Dois alvos foram soltos.

A PF cumpriu 15 mandatos de busca e apreensão.

Segundo o Ministério Público Federal, o grupo oferecia vantagens de 10% de lucro para quem investisse em criptomoedas pela empresa de Glaidson. Os valores, porém, jamais eram aplicados, de acordo com a investigação.

Para a Polícia Federal, Glaidson planejava fugir do país, na semana passada, quando foi preso. Além dele, Tunay Pereira, outro participante do grupo, foi detido no aeroporto de Guarulhos, o suspeito embarcava para Punta Cana quando foi surpreendido. Na casa do empresário, a PF apreendeu o equivalente a cerca de 15 milhões de reais em espécie, divididos em notas de euro, dólar e reais. Durante a operação, também foram apreendidos 150 milhões em bitcoins.

O funcionamento da empresa era baseado em pirâmides financeiras, visando lucro, os novos adeptos devem conseguir ainda mais participantes e em momentos de crise a base era afetada e o topo garantia os recursos milionários para si.

A investigação, que conta com atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, contempla outras empresas com o perfil da GAS e que prometem lucro rápido e alto.