Especialistas afirmam que a nova cepa da Influenza, Darwin H3N2, é a mais predominante no Rio de Janeiro.
No entanto, ainda não há evidência científica de que ela seja mais agressiva do que as que atingiram o município nos anos anteriores.
A pesquisadora da Fundação Osvaldo Cruz, Marilda Siqueira, do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, acredita que a flexibilização de medidas restritivas, como a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos, pode ter contribuído para o surto de gripe.
Já o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, explica que a vacina atual contra a gripe apresenta baixa proteção contra a nova cepa, mas, para o ano que vem, a vacina já está sendo elaborada levando em consideração a variante.
Por causa da epidemia de gripe, os atendimentos na rede pública de saúde apresentaram aumento de mais de 2000%, em 15 dias.
Após uma semana suspensa por falta de doses, a vacinação contra a gripe foi retomada na última sexta-feira (10).
Mas entre os idosos, por exemplo, a cobertura estava abaixo de 60% até o fim de semana. E, em algumas farmácias, remédios, como Tamiflu, vitamina C e até termômetros desapareceram das prateleiras.
As secretarias de saúde do município e do Estado ainda não informaram a porcentagem atual de vacinados contra a gripe e nem se pretendem voltar atrás nas medidas de flexibilização.