Um jovem que se autointitulava um “nazista alemão reencarnado” foi alvo de uma operação da Polícia Federal em Paranaguá, no litoral do Paraná, nesta quarta-feira (17).
Ele é investigado por incitar crimes de racismo, usando as redes sociais para veicular imagens de suásticas e compartilhar ideais neonazistas e de supremacia branca.
Além disso, o investigado divulgava mensagens de menosprezo ao povo judeu. O jovem é aluno do Instituto Federal do Paraná.
A PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa onde ele mora com a família. Celulares e outros aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Encaminhado para a sede da delegacia da PF em Paranaguá, ele foi liberado após prestar depoimento. Os equipamentos apreendidos serão periciados.
De acordo com as investigações, além de compartilhar ideias e mensagens com teor neonazista, o jovem estudante do IFPR divulgava vídeos enaltecendo massacres escolares. Entre eles, os ataques a tiros ocorridos nas cidades de Suzano, em São Paulo, no ano de 2019, e em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.
Chamou a atenção da Polícia Federal o fato de que os autores dos ataques celebrados tinham uma idade próxima a do investigado. As investigações seguem com o objetivo de apurar quais foram os crimes cometidos e se há outras pessoas envolvidas. No Brasil, incitar crimes de racismo é punido com até cinco anos de prisão, além de multa.
Em nota, o Instituto Federal do Paraná afirma que a situação específica deste estudante “já estava sendo tratada em um processo disciplinar no Campus Paranaguá” e que o caso continuará sendo analisado institucionalmente.
O IFPR diz que o suposto envolvimento do aluno com apologia ao racismo e ao neonazismo é uma notícia recebida com “repulsa e tristeza”. A instituição reforça que a democracia, a diversidade e a valorização das pessoas são valores “inegociáveis do IFPR”, e que a defesa de discursos nazifascistas é inadmissível