O Ministério Público Federal recorreu da decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro que permite a manifestação da defesa do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal antes do afastamento imediato do servidor por 90 dias. Nesta sexta-feira (25), Silvinei Vasques virou réu por improbidade administrativa e terá 30 dias para prestar esclarecimentos.
Para o MPF, "o diretor-geral não deixa de ser diretor-geral porque está em férias; não deixa de ter ascendência sobre seus comandados, especialmente numa organização policial fardada; não deixa de ter o poder de causar temor reverencial".
De acordo com a denúncia, Vasques participou de eventos públicos oficiais e fez publicações na internet com o intuito de promover a reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro, entre agosto e outubro deste ano. O documento diz ainda que o agente federal fez pedido explícito de voto durante o segundo turno das eleições.
Segundo o Ministério Público Federal, os atos do diretor-geral da PRF são "extremamente graves" e contribuíram para o "clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE".