O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (22) indicações do presidente Jair Bolsonaro para cargos vagos no Judiciário e em embaixadas brasileiras no exterior. Na semana passada, parlamentares aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva discutiram o adiamento das votações para que outros nomes fossem avaliados pelo novo governo, mas a proposta não foi adiante.
A colunista da BandNews FM Mônica Bergamo tinha adiantado que os nomes para o Superior Tribunal de Justiça, o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público não enfrentavam resistência e deveriam ser aprovados sem maiores problemas. A votação no plenário contou com ampla maioria.
Nesta semana, os senadores participam de um esforço concentrado para análise de nomes indicados para cargos que precisam de aprovação no Congresso.
O STJ ganha dois novos ministros com a aprovação de Messod Azulay Neto e Paulo Sérgio Domingues para substituir os ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Nefi Cordeiro, respectivamente, que se aposentaram a mais de um ano. Estas são as primeiras indicações para o Tribunal desde o governo Dilma e os cargos estavam vagos há mais de um ano.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, os agora novos ministros são considerados nomes técnicos e que vieram dos Tribunais Regionais Federais. O ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro ao posto, defendia outros nomes na disputa.
Para o Tribunal Superior do Trabalho, a juíza trabalhista Liana Chaib, do Piauí, teve o nome aprovado. Todos os aprovados para cargos no Judiciário foram sabatinados na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania na manhã desta terça (22).
Os senadores ainda reconduziram os advogados Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho para o CNJ e de Engels Augusto Muniz para o CNMP.
Na política externa, foram aprovados os novos ocupantes das cadeiras brasileiras na Unesco, Paula Alves de Souza, e na FAO - órgão da ONU para Alimentação e a Agricultura -, Carla Barroso Carneiro.
As embaixadas brasileiras na Tunísia, Jordânia, Mauritânia, Guiné Equatorial e no Sudão também ganharam novos ocupantes nesta terça (22).