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Mônica Bergamo: entregar joias ao TCU não alivia situação de Bolsonaro

Defesa do ex-presidente afirmou que irá entregar os itens para que fiquem sob os cuidados da Corte até o final da investigação

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Decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de entregar as joias ao Tribunal de Contas da União (TCU) não muda a situação da ação que tramita na Corte. O ex-chefe do Executivo colocou os itens valiosos à disposição do órgão para que eles fiquem sob cuidados do governo até o final da investigação.

De acordo com a colunista da BandNews FM Mônica Bergamo, a ação do ex-presidente não demonstra uma devolução dos bens, mas sim uma permissão para que o pacote permaneça no TCU durante a investigação.

A sessão para deliberar sobre o destino dos objetos permanece marcada para a próxima quarta-feira (15). A tendência, até o momento, é de que os ministros da Corte obriguem o ex-mandatário a devolver o pacote avaliado em R$ 400 mil para a União.

A decisão não seria uma novidade. Ministros da gestão Bolsonaro foram obrigados a entregar ao patrimônio nacional relógios de luxo que receberam como presentes. Segundo a apuração da jornalista, alguns políticos já entregaram os itens, mas outros ainda não se manifestaram se permanecem ou não com os acessórios.

A atitude de Jair Bolsonaro não acaba com a possibilidade de que o político seja enquadrado por crimes como peculato, que é quando um funcionário público se apropria ou desvia um bem em benefício próprio ou de terceiros. 

Em conversa com um ministro do TCU, a colunista apurou que os membros da Corte avaliaram a iniciativa do ex-presidente como “tardia” e uma tentativa de adiar a sessão e protelar às investigações. 

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