O Tribunal de Contas da União marcou para a próxima quarta-feira (15) a análise em plenário do caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta quinta (9), o ministro Augusto Nardes, relator da ação aberta a pedido do Ministério Público junto ao TCU, decidiu que o político não pode utilizar ou vender os itens valiosos recebidos da Arábia Saudita.
A Corte de Contas analisa também se o governo de Bolsonaro tentou trazer ao Brasil, ilegalmente, um conjunto de joias femininas avaliadas em R$ 16,5 milhões. As peças seriam um presente à ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e foram apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
O segundo pacote, com itens masculinos, que não foi declarado à Receita Federal ficam com Bolsonaro até segundo ordem. Segundo a decisão de Nardes, o ex-presidente ficará como depositário dos itens. As joias são avaliadas em cerca de R$ 400 mil. Dentre elas está um relógio, um par de abotoadoras, um anel, uma caneta e uma espécie de terço islâmico.
Na sessão da próxima semana, o TCU deve examinar a situação de todos os presentes dados ao ex-presidente nos quatro anos de mandato.
O ministro também determinou que Bolsonaro e Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia, prestem depoimento no caso e esclareçam quais as ações do governo foram colocadas em prática para entrar ilegalmente no país com o material de pedras preciosas.