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Defesa de Jair Bolsonaro avisa que irá entregar joias sauditas ao TCU

Advogados do ex-presidente querem que as peças fiquem sob a guarda do Tribunal até que o destino final das joias seja definido

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Defesa de Jair Bolsonaro avisa que irá entregar joias sauditas ao TCU
Agência Brasil

A defesa de Jair Bolsonaro avisou à Polícia Federal que o ex-presidente vai entregar ao Tribunal de Contas da União o conjunto de joias que foram entregues a ele pelo governo da Arábia Saudita. Os advogados de Bolsonaro querem que as peças fiquem sob a guarda do TCU até que o destino final seja definido.

A corte já impediu Bolsonaro de se desfazer ou utilizar os itens. O ex-presidente confirmou que está com uma caixa de joias que contém um relógio de pulso, um par de abotoaduras, uma caneta, um anel e um terço islâmico, avaliados em cerca de 400 mil reais.

O advogado Paulo Amador Cunha Bueno vai assumir a defesa de Bolsonaro, assumindo nesta segunda-feira (13) o lugar deixado por Frederick Wassef, que atua nas questões jurídicas da família Bolsonaro. Já a Polícia federal deve ouvir, nesta terça-feira (14), o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o ex-assessor, Marcos André dos Santos.

Os dois foram intimados a explicar o caso das joias milionárias que seriam um presente do Governo da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e que teriam chegado ao Brasil com uma comitiva da pasta. 

Ainda sobre o assunto, o Tribunal de Contas da União vai analisar, na quarta-feira (15), a decisão do Ministro Augusto Nardes, que decretou a indisponibilidade das joias que estão com o ex-presidente Jair Bolsonaro e que ele preserve os objetos na condição de -fiel depositário. A decisão também determina que o ex-presidente e o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sejam ouvidos sobre o caso.

Nesta segunda (13), durante um evento sobre liberdade de expressão, na Fundação Getúlio Vargas, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o ministro da Justiça Flávio Dino disse que existem mecanismos para que Bolsonaro seja ouvido sobre o caso.

Dino afirmou que outras pessoas estão sendo ouvidas e que será possível concluir o inquérito independentemente de o ex-presidente ser ouvido ou não. No entanto, destacou que espera que ele compareça e que preste esclarecimentos sobre o ocorrido.