O Metrô de São Paulo vai aguardar as conversas com o Sindicato dos Metroviários para avaliar como ficará o funcionamento do sistema nesta sexta-feira (24).
Em entrevista à BandNews FM, o gerente de operações da empresa, Antônio Marcio, afirmou que a negociação seguirá ao longo desta quinta-feira (23) e que aguarda o retorno de 100% do efetivo para iniciar a operação nas linhas paralisadas.
Questionado se a decisão de liberar as catracas será mantida para esta sexta-feira, ele não garantiu a manutenção das viagens sem cobrança da passagem. “Nós temos um plano de contingência pronto. Todos torcemos para que seja feito um acordo, que o sindicato tenha bom senso e que a companhia consiga conversar e chegar a um acordo”, disse.
Em algumas estações, como a Jabaquara da Linha 1-Azul, funcionários já chegaram para trabalhar e estão sendo iniciados os testes para que o local seja aberto para os passageiros.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) deferiu, nesta quinta (23), uma liminar que determina o funcionamento de 80% do efetivo do Metrô nos horários de pico - entre 6h e 10h e entre 16h e 20h - e com 60% nos demais horários. A mesma decisão proíbe a liberação das catracas.
A liminar foi concedida após pedido de mandado de segurança impetrado pela companhia. A empresa solicitou a anulação da decisão que indeferiu o requerimento para que o Tribunal fixasse quantitativo mínimo de funcionamento dos trens.
Em caso de descumprimento, poderá ser aplicada uma multa ao sindicato no valor de R$ 500 mil por dia. A decisão é do desembargador plantonista Ricardo Apostolico Silva.
O Sindicato dos Metroviários afirmou que fará uma assembleia ainda nesta quinta e também vai pedir uma nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A liberação das catracas deve ser mantida durante toda a quinta-feira, mas o Metrô avalia que se trata de uma operação de risco.
O gerente de operação da empresa afirmou que não existe um precedente na história do sistema de gratuidade total em um dia útil e demonstrou preocupação com o número de usuários: “Foi feita uma análise com relação aos riscos para fazer essa operação. Não sei se vou conseguir ofertar trens suficientes para a demanda. A pior situação é o acúmulo de passageiros na plataforma, uma condição de risco elevada”, finalizou.