Linhas do Metrô de São Paulo estão paralisadas na manhã desta quinta-feira (23) devido à greve dos metroviários. A paralisação foi aprovada em assembleia ainda na noite de quarta-feira e, de acordo com os membros da categoria, será por tempo indeterminado.
As estações, que normalmente abrem às 4h40, estão de portas fechadas. De acordo com o Metrô, a Linha 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata estão com a operação paralisada.
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, operadas pela ViaQuatro e ViaMobilidade, funcionam normalmente durante a manhã.
Em entrevista exclusiva à BandNews FM, o diretor de Operações do Metrô de São Paulo, Milton Gioia, afirmou que os trens devem iniciar a operação parcial nas linhas paralisadas a partir de 6h15. No entanto, após este horário, os trens ainda não começaram a circular.
Os ônibus são utilizados como alternativa para o deslocamento da população. A SPTrans informa que criou duas linhas e reforçou a frota de 13 outras já existentes que atendem o eixo das linhas de Metrô na cidade em virtude da paralisação.
A gestora do transporte por ônibus informa que acompanha a movimentação de passageiros nas linhas municipais desde o início da madrugada e determinou às concessionárias do sistema municipal de transporte que mantenham a operação da frota operacional em 100% ao longo do dia.
Técnicos da SPTrans estão nas ruas acompanhando a situação e foi solicitado às concessionárias que deem apoio no atendimento aos passageiros nas ruas da cidade.
Segundo a Prefeitura da cidade de São Paulo, o rodízio municipal está suspenso nesta quinta-feira (23), durante todo o dia, em razão da greve.
A paralisação dos metroviários acontece após representantes do sindicato participarem de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para cobrar melhores condições de trabalho.
Membros da organização da categoria chegaram a falar que normalizariam a situação nas quatro linhas afetadas se o público pudesse utilizar o transporte sem pagar, ou seja, se o Metrô liberasse as catracas.
O Tribunal Regional do Trabalho acatou a possível liberação, método proposto pelos trabalhadores para afastar a possibilidade de danos à população, mas o Metrô afirmou que não há segurança para que essa medida seja tomada.
Os funcionários reivindicam o fim das terceirizações, o pagamento de benefícios a abertura de concurso público para ao quadro de funcionários. O sindicato da categoria afirma que não houve consenso.