Após a greve geral anunciada na última semana para ocorrer nesta terça-feira (28) - que engloba linhas do Metrô, trens urbanos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) -, a Justiça analisa nesta segunda (27) um pedido realizado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para obrigar que 100% dos funcionários públicos trabalhem amanhã, durante a greve geral convocada pelo funcionalismo.
Além do pedido, o governo paulista também pleiteia que 80% do efetivo trabalhe fora do 'horário de pico' de movimentação.
Na paralisação que foi realizada no começo de outubro, e também envolveu diversos setores, a medida não foi cumprida. Já os metroviários propuseram trabalhar normalmente nesta terça-feira (28) desde que as passagens sejam gratuitas.
As manifestações realizadas são protestos contra os projetos de privatização liderados pelo governador Tarcísio de Freitas, que pretende entregar à iniciativa privada linhas de trens e metrô, além de realizar a desestatização da Sabesp.
Entidades cobram que o chefe do Executivo realize plebiscitos para saber se a população concorda ou não com projetos que privatizem os serviços públicos. A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, declarou que a população de São Paulo sofre desde o início de 2022 com o "caos nas linhas [de metrô] privatizadas" e, por isso, a opinião da população deve ser ouvida.
A expectativa é que o governo do Estado de São Paulo decrete ponto facultativo para serviços não essenciais nesta terça. Tarcísio de Freitas criticou fortemente as mobilizações previstas para amanhã e disse não ser um ato razoável.