A readequação alimentar do povo Yanomami será o foco dos profissionais da Força Nacional do SUS, que já estão em Roraima. Os indígenas sofrem com desnutrição e doenças decorrentes do garimpo ilegal e contaminação com mercúrio.

A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, classificou a condição do povo Yanomami como "catástrofe humanitária".

A região, que abriga a maior reserva indígena do país, tem cerca de 30 mil Yanomamis. Só em 2022, 99 crianças de 1 a 4 anos morreram - a maioria por desnutrição, pneumonia e diarreia.

No fim de semana, em Boa Vista, o presidente Lula defendeu que médicos sejam enviados às aldeias. Atualmente, os indígenas têm que viajar à cidade para buscar ajuda.

Na semana passada, o presidente Lula e a ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara tiveram um encontro na região para avaliar a crise humanitária em Roraima.

Nesta segunda-feira (23), o Tribunal de Haia anunciou que irá receber um relatório com evidências e denúncias sobre a situação do povo Yanomami. O tribunal internacional vai avaliar se ocorreu um genocídio durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.