O Brasil registrou 242 homicídios de pessoas LGBTQIAP+ em 2022. O número corresponde a uma morte de a cada 34 horas, de acordo com o Observatório do Grupo Gay da Bahia.
Os números colocam o país na liderança mundial de assassinatos de pessoas LGBTQIAP+. Segundo o professor de antropologia da Universidade Federal da Bahia e fundador do GGB, Luiz Mott, no país, a violência e a homofobia são traços históricos
O levantamento aponta que a Bahia é o estado mais perigoso para LGBT's. Foram 27 mortes no ano passado, uma média de mais de dois assassinatos por mês.
O número é maior do que o resultado de São Paulo, por exemplo, que registrou 25 assassinatos e cuja população é três vezes maior, segundo o IBGE.
No topo do ranking, ainda aparecem Pernambuco (20), em terceiro lugar, seguido por Minas Gerais (18), Maranhão e Pará (15, cada). Em contrapartida, Rio Grande do Sul foi considerado o estado menos perigoso para a comunidade.
Em 2022, 155 municípios brasileiros registraram, pelo menos, uma morte violenta de LGBTQIAP+, e entre as dez primeiras cidades com mais casos, cinco estão no Nordeste: Salvador, São Luís, Fortaleza, Recife e Arapiraca.
Os dados do relatório são baseados em notícias publicadas em meios de comunicação, que são coletados e analisados, há 43 anos, pelo GGB.