O governo federal cogita enviar soldados das Forças Armadas ao Rio Grande do Norte se a crise de segurança não for controlada até o fim de semana. Pelo menos 29 cidades registram ações criminosas desde a terça-feira (14).
Empresários, funcionários e trabalhadores autônomos já relatam que tiveram prejuízos financeiros e traumas emocionais. Alguns afirmam que o prejuízo estimado chega até em R$ 500 mil.
O ataque seria uma retaliação dos detentos por regalias nos presídios. Além disso, um relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, que é ligado ao governo federal, apontou uma série de violações no sistema penitenciário. Entre elas estão tortura, hiperlotação e comida estragada.
O secretário estadual de Administração Penitenciária, Helton Xavier, afirmou que as denúncias de violações de direitos humanos em presídios potiguares serão apuradas. Ele negou, que as comidas servidas aos presos estejam estragadas e ainda disse que comia as mesmas refeições dos detentos.
Até o mais recente balanço, foram realizadas pela Polícia Militar 69 prisões. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, existe um receio que a crise de segurança se espalhe ainda por outros estados do Norte e Nordeste.
A onda de ataques tem afetado a população potiguar e de municípios paraibanos fronteiriços. A circulação de ônibus foi afetada e escolas e universidades chegaram a suspender as aulas na terça-feira (14).
Mais de 200 agentes federais contribuíram para diminuir os ataques em Natal e na região metropolitana.