O coronel Jorge Eduardo Naime, então comandante de Operações da Polícia Militar no dia das invasões e depredações das sedes dos poderes, afirmou, nesta quinta-feira (16), que estava de licença no dia dos atos, em 8 de janeiro.
A alegação foi feita durante oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa sobre os atos antidemocráticos.
Ele é suspeito de ter facilitado a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes da República.
Para prestar depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, ele precisou de autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Também foi garantido ao militar o direito de se manter em silêncio na oitiva.
A decisão também cita que "deverá ser feita mediante escolta policial e somente ocorrerá se houver sua prévia concordância, uma vez que essa corte suprema declarou a inconstitucionalidade de conduções coercitivas de investigados ou réus para interrogatórios/depoimentos".
No entanto, ele respondeu aos questionamentos, dentre eles, que estava de licença no dia dos atos. Ele pediu folga e foi dispensado na véspera das invasões. Ainda afirmou que o Exército dificultou a prisão dos bolsonaristas radicais que invadiram as sedes dos três poderes.
Naime foi preso preventivamente no dia 7 de janeiro na quinta fase da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal e segue sendo investigado.
Após a confusão na Praça dos Três Poderes, dois dias depois ele foi exonerado pelo então interventor federal Ricardo Capelli.