Exército dificultou prisões em atos criminosos em Brasília, diz coronel da PM

Declaração foi dada durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa sobre os atos criminosos de janeiro

Rádio BandNews FM

Coronel é suspeito de ter facilitado a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O coronel Jorge Eduardo Naime, então comandante de Operações da Polícia Militar no dia das invasões e depredações das sedes dos poderes, afirmou, nesta quinta-feira (16), que estava de licença no dia dos atos, em 8 de janeiro.

A alegação foi feita durante oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa sobre os atos antidemocráticos.  

Ele é suspeito de ter facilitado a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes da República.

Para prestar depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, ele precisou de autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Também foi garantido ao militar o direito de se manter em silêncio na oitiva.

A decisão também cita que "deverá ser feita mediante escolta policial e somente ocorrerá se houver sua prévia concordância, uma vez que essa corte suprema declarou a inconstitucionalidade de conduções coercitivas de investigados ou réus para interrogatórios/depoimentos".

No entanto, ele respondeu aos questionamentos, dentre eles, que estava de licença no dia dos atos. Ele pediu folga e foi dispensado na véspera das invasões. Ainda afirmou que o Exército dificultou a prisão dos bolsonaristas radicais que invadiram as sedes dos três poderes.

Naime foi preso preventivamente no dia 7 de janeiro na quinta fase da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal e segue sendo investigado.

Após a confusão na Praça dos Três Poderes, dois dias depois ele foi exonerado pelo então interventor federal Ricardo Capelli.

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