O deputado federal acusado de atos antidemocráticos, Daniel Silveira, deixou o apartamento funcional em Brasília nesta quinta-feira (31) e foi ao Palácio do Planalto participar de atos públicos na sede do Executivo. Ainda sem tornozeleira eletrônica, o parlamentar afirmou que aguarda a Polícia Federal para a colocação do equipamento determinado pelo Supremo Tribunal Federal.
Até então, o político de recusava a colocar o dispositivo, e em discurso, afirmou que só iria cumprir a determinação quando os outros deputados decidissem, em plenário, sobre a validade da ação penal.
Nesta quinta, Daniel participa da cerimônia de troca dos ministros que deixam os cargos para concorrer nas eleições deste ano. O presidente Jair Bolsonaro também acompanha o evento no Planalto.
Aliados de Silveira disseram que ele está tranquilo e que o setor responsável pelas tornozeleiras eletrônicas abre ao meio-dia, quando novidades devem ocorrer.
Nesta quarta-feira (30), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o bloqueio das contas do ex-policial e o pagamento de multa de R$ 15 mil por dia sem o aparelho. O monitoramento de Silveira foi determinado pelo descumprimento de medidas cautelares na ação dos atos antidemocráticos.
Daniel Silveira recebeu o apoio de outros parlamentares da base aliada enquanto descumpre a determinação judicial. A deputada Carla Zambelli chegou a chorar ao defender o amigo e o senador Flávio Bolsonaro fez um apelo para que o ministro Alexandre de Moraes voltasse atrás na decisão tomada.
O Supremo Tribunal Federal marcou para 20 de abril o julgamento em Plenário da ação envolvendo o deputado. A defesa de Daniel Silveira já pediu que a sessão seja remarcada alegando que ainda faltam cinco recursos a serem julgados.
O deputado chegou a ser preso, mas foi liberado em 2021 com a condição de não se comunicar com outros investigados e ficar fora das redes sociais.