O ex-deputado Deltan Dallagnol, do Podemos, recorreu ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (02) contra a decisão que cassou o mandato dele.
No mês passado, por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral indeferiu o registro de candidatura do ex-procurador por entender que ele burlou a Lei da Ficha Limpa.
Segundo a defesa apresentada ao STF, nenhuma das 15 representações contra Deltan no Conselho Nacional do Ministério Público havia se tornado um processo disciplinar. Por isso, os advogados classificam a decisão do TSE como absurda.
Deltan foi o deputado mais votado do Paraná, com mais de 344 mil votos.
Na peça apresentada à Suprema Corte, a defesa afirma que Dallagnol, enquanto procurador-chefe da força-tarefa Lava Jato no MPF de Curitiba, “colecionou uma série de inimizades ao longo de sua carreira”.
Os advogados não explicam, no entanto, como essa informação se relaciona com o indeferimento do registro da candidatura.
Segundo Dallagnol, o objetivo neste momento é pedir a suspensão da decisão do TSE para ‘proteger’ os eleitores que votaram nele.
O ex-procurador, inclusive, terá de se explicar à Polícia Federal por críticas feitas aos ministros do TSE, em especial Benedito Gonçalves, a quem acusa de ter articulado a cassação em troca de uma possível vaga no Supremo.