A CPMI dos atos criminosos de 8 de janeiro espera receber nesta terça-feira (11) o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid. O tenente-coronel vai prestar depoimento sobre mensagens encontradas no celular dele com teor considerado golpista. Inicialmente, a audiência seria realizada na semana passada, mas foi adiada por causa das votações no Congresso Nacional.

Mauro Cid está preso em Brasília desde maio por causa da falsificação de dados de vacinação da família dele e da de Bolsonaro.

Um relatório produzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aponta nomes e valores recebidos por influenciadores digitais envolvidos direta ou indiretamente na invasão à sede dos Três Poderes, em Brasília. O documento foi enviado à CPMI que apura os atos criminosos e os detalhes foram divulgados hoje pelo jornal Folha de São Paulo.

Um dos citados é Adriano Luiz Ramos de Castro, que ficou conhecido por participar de um reality show na TV anos atrás e transmitiu a invasão ao vivo por um canal do YouTube.

Outra usuária da mesma plataforma, identificada como Elaine Helena Roque, recebeu dividendo pagos pelo canal pelas mais de 42 mil visualizações de um vídeo em que ela própria comentava – ao vivo – a depredação dos prédios públicos.

Um vereador do PL também aparece no documento: Genival Fagundes, de Planaltina de Goiás, que teria lucrado, no mínimo, R$ 135 mil com a transmissão das invasões também pelo YouTube.

No mesmo relatório, a Abin reforça que os influenciadores não só fortalecem narrativas que estimulam a polarização por meio de ressentimentos pessoais, como também incitam a violência.