A Polícia Federal afirma em relatório que, no WhatsApp do tenente-coronel Mauro Cid, foram encontrados elementos que “possivelmente serviram de fundamento para a confecção de uma minuta de decretação de Estado de Sítio e Garantia da Lei e da Ordem (GLO)”.
A PF analisou o conteúdo no celular do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu tornar o material público depois que as conversas foram divulgadas pela revista Veja.
Segundo o relatório, o documento estava divido em três fotos e foi encaminhado para outro contato salvo como “Major Cid AJO-Pr”, via WhatsApp às 23:39, em 22 de novembro de 2022. O autor do texto ainda não foi identificado.
Foram achadas também trocas de mensagens de Cid com outros militares da ativa, que concordavam com a trama golpista para que Jair Bolsonaro não entregasse o poder para o presidente eleito Lula (PT). Uma das conversas é com coronel de artilharia Jean Lawand Junior, do Escritório de Projetos Estratégicos do Estado-Maior (veja abaixo).
Lawand Junior assumiria um cargo na Embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos, mas a nomeação foi negada após o vazamento das conversas.